A quatro dias do fim do prazo para realização das convenções partidárias, a eleição em Iguatu ainda tem mais pendências do que definições. Muitas articulações para composição de chapas estão em andamento, o que deixa o cenário ainda incerto diante do grande volume de pré-candidaturas. Com 10 siglas propondo apresentar candidaturas, Iguatu se coloca com uma das cidades com maior volume de pré-candidaturas. Número maior que Fortaleza, por exemplo, que apresenta nove. A quantidade pode sofrer alteração, conforme ocorra a soma de legendas.
Até o momento, apenas dois partidos lançaram nomes para a disputa pelo Paço Municipal: o Psol, primeiro a oficializar, apresentou o servidor de carreira José Mácio e Roberta Menezes como candidato a prefeito e vice, respectivamente; e o MDB, com a chapa liderada pelo deputado estadual Agenor Neto; foi a segunda por meio de convenção realizada quinta-feira, 10, a se posicionar visando a disputa eleitoral. O momento marcou a apresentação de João Alencar como vice. Ambos já estiveram à frente do poder público municipal por dois mandatos. O grupo reúne também PSB e SD.
Reeleição e indefinição
O nome do atual prefeito Ednaldo Lavor (PSD), que busca a reeleição, é o que compila mais alianças em torno de sua candidatura até agora, cinco partidos ao todo. A chapa atrai bolsonaristas e membros de outros partidos conservadores de direita e aqueles mais alinhados aos da esquerda. O grupo chegou a anunciar extraoficialmente o dia de ontem (sexta-feira, 11) como data para a convenção, porém segue indefinida o momento assim como o vice que deve integrar a majoritária. Nomes que compõem o empresariado local assim como de políticos hoje em siglas que ajudam a somar mais tempo no horário eleitoral e no fundo partidário foram ventilados na última semana.
O PDT, sigla hoje comandada no estado pela família Ferreira Gomes, ensaia a apresentação do deputado estadual Marcos Sobreira como candidato. Ainda não há data para a convenção assim como não há definição do vice. Porém, o político vem fazendo o trabalho de pré-campanha.
A composição de vice na majoritária vem sendo o gargalo de vários postulantes. E o PT desponta como possível divisor de águas nessa definição. Até então coadjuvante nos debates, o nome e as recentes declarações da liderança da sigla no município, o empresário José de Sá Vilarouca, podem dar novos ares ao cenário político local. Membros do diretório do partido em Iguatu afirmam que o nome de Sá é consenso para encabeçar uma campanha independente, mas há quem acredite que a sigla possa também se alinhar a Ednaldo Lavor ou a Marcos Sobreira. O PT deve apresentar a convenção no dia 16, data limite.
Direita
Quem também se coloca como candidato à vaga no paço municipal é o ex-vereador Nelho Bezerra, pelo PSL. Sigla que ganhou força no cenário nacional com o presidente Jair Bolsonaro. A legenda possui maior tempo de propaganda gratuita no rádio e de fatia do fundo eleitoral. O político já foi parlamentar por seis legislaturas e nas últimas eleições disputou uma vaga para a Câmara Federal, ficando na suplência. A convenção do partido deve apresentar o outro personagem da chapa no dia 16. O seu nome também vem sendo associado para compor o grupo do atual prefeito.
Também ex-vereador da cidade, Franklin Bezerra deve concorrer pelo partido de centro direita PSDB à majoritária. Ele ainda não anunciou o vice-prefeito, mas tem o dia 16 também como data agendada para o momento.
Ligado à pauta do conservadorismo, o PL deve lançar o nome do tenente policial militar Juvenal Mulato e do cabo da PM Danilo Maia como prefeito e vice, respectivamente, que serão apresentados na quarta-feira, 16. Já Augusto Correia Lima pelo PMN, outro pré-candidato a prefeito, com histórico de disputa em outras candidaturas, deve definir a chapa também no dia 16.
A novidade até o fechamento desta edição do levantamento do Jornal A Praça ficou por conta da soma entre PMB e PTB, Jarim Antunes e Samuel Alves vão para a disputa na ordem de prefeito e vice. O primeiro já foi eleito vereador pelo município, o segundo é advogado e militante da sigla.
Calendário
31 de agosto: permitida a realização de convenções para definir coligações e escolher candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador;
16 de setembro: último dia permitido para a realização de convenções para definir coligações e escolher candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador;
26 de setembro: último dia para os partidos políticos registrarem seus candidatos na Justiça Eleitoral;
27 de setembro: liberação da propaganda eleitoral em diferentes mídias e comícios;
15 de novembro: 1º turno das eleições municipais;
29 de novembro: 2º turno das eleições municipais (cidades com mais de 200 mil eleitores);
15 de dezembro: prazo para candidatos e comitês de campanha prestarem contas à Justiça Eleitoral dos gastos com a campanha.
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