Em todo o estado do Ceará, o volume de chuva acumulado nos primeiros 15 dias deste mês atingiu uma marca inédita. O índice foi na primeira quinzena superior a todos os outros meses de novembro desde 1972 – data em que a FUNCEME iniciou o monitoramento no estado. Em Iguatu, o volume foi 10 vezes superior à média histórica registrada para o mês na cidade.

A primeira quinzena de novembro chegou ao fim com uma significativa marca pluviométrica em Iguatu. Em apenas 15 dias, houve registro de chuvas em sete dias, e com base nos números da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, choveu o acumulado de 109 milímetros. A média histórica é de 10,6 mm.

A meteorologista do órgão, Meyre Sakamoto, explica que um fenômeno chamado de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) tem atuado com intensidade. “Isso contribui para ocorrência das chuvas, a La Niña continua atuando e está favorecendo as subidas das frentes frias até a Bahia – que avançam, em seguida, ao Ceará -, consequentemente formando a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)”, detalhou.

A previsão para as próximas semanas é de continuidade das chuvas no Ceará, sobretudo na porção Sul do Estado.

Pluviometria em 2022

Dos quatro meses que compõem o período de quadra invernosa, apenas fevereiro ficou abaixo da média histórica em Iguatu, com 130 milímetros, quase 19.5% inferior à normal climatológica. Já março foi o que obteve o maior índice. Foram 667 milímetros acumulados ao longo do mês, um desvio positivo de 201,3%. O mês foi o mais chuvoso dos últimos 49 anos.

Já abril fechou bem próximo da média, quando foram 335 mm registrados, diferença de 77,1%. Maio, último mês da quadra chuvosa, chegou ao fim com 168 milímetros acumulados, o que representa quase 71,4% acima do normal climatológico.