As chuvas do mês de abril no Iguatu superaram a média histórica para o período na cidade. Até esta sexta-feira, 30, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) registrou chuvas de 435 milímetros. A média para os 30 dias do mês é de 189,2 milímetros. Assim, as chuvas ficam 129,9% acima da média. A cidade ficou na primeira colocação entre os municípios de todo o estado a registrar a maior soma de acumulados.
O mês de abril em Iguatu foi o melhor em chuva no ano. Foi também nesse mês que os acumulados acima de 100mm por dia evidenciaram problemas crônicos de falta de escoamento com famílias sendo afetadas e tendo prejuízos.
Estado
Conforme dados parciais da FUNCEME, o acúmulo médio de fevereiro a abril foi de 433 milímetros, o que representa 13,2% abaixo da média histórica para o trimestre (510,1mm). Os números podem sofrer alteração quando os dados pluviométricos desta sexta-feira (30) forem computados.
Esse cenário de chuvas reduzidas no trimestre fevereiro-abril ratifica com o que fora projetado, no início do ano, por meteorologistas da FUNCEME. No fim de janeiro, o órgão divulgou que o Ceará tinha 50% de probabilidade de receber chuvas abaixo da média histórica nos meses iniciais da quadra chuvosa. O estudo apontava ainda que as chances de chuva acima da média eram de apenas 10%.
Maio
O último mês da quadra chuvosa inicia com condições favoráveis de chuva, segundo Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da FUNCEME. “Na primeira semana do mês os volumes podem alcançar volumes entre 30 a 60 milímetros em boa parte do estado. A previsão é de que na primeira semana, as chuvas, em média, fiquem em torno ou ligeiramente acima do normal”, detalhou.
Trussu
O mês também foi favorável para o aporte hídrico dos reservatórios. O açude Carlos Roberto Costa, Trussu, chegou em abril ao percentual de 28,06% da capacidade, número só visto em setembro de 2015. Tendo um volume de 75,4 milhões de m³, o percentual de ganho no ano foi de 8,55% (2m41cm).
Na quinta-feira, 25, o reservatório do Faé (Quixelô) amanheceu sangrando, sendo o quarto na bacia do Alto Jaguaribe em 2021, junto do Caldeirões (Saboeiro), Valério (Altaneira) e Quincoé (Acopiara). O do Faé tem capacidade de 12,7 milhões m3 e desde 2011 não atingia sua capacidade máxima.
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