Iguatu tem mês de novembro mais chuvoso em 48 anos

O maior volume do período ocorreu no dia 10 de novembro cerca de 80mm foram contabilizados na época.

05/12/2020

 As chuvas verificadas em novembro passado e agora no começo de dezembro já mudam a vegetação do Centro-Sul cearense, com predominância do verde em substituição ao cinza da Caatinga. A transformação em Iguatu é fruto do mês passado, em específico, quando os acumulados que banharam a área fez do mês de novembro o mais chuvoso dos últimos 48 anos, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia (FUNCEME).

No maior município do Centro-Sul, novembro registrou uma média de 109mm, ou seja, choveu 962.4% a mais do que a média para o período. Os dados comparativos apontam que é o melhor novembro de toda a série histórica registrada pela FUNCEME, desde 1973.

Em um período que historicamente não é comum acumulados de chuva, o órgão contabilizou chuvas em nove dias. O maior volume do período ocorreu no dia 10 de novembro cerca de 80mm foram contabilizados na época.

O tempo na cidade em foi marcado por céu nublado –

Por quê?

As chuvas verificadas neste mês decorreram do posicionamento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que contribuiu para aumentar a convergência dos ventos sobre o interior do Nordeste. A condição esteve atrelada às elevadas temperaturas das águas do Atlântico Tropical Sul, com anomalias positivas para esta época do ano, o que, combinado com os padrões de ventos, favoreceram o aumento da convecção sobre o Nordeste.

Os meses pré-estação chuvosa no sertão são dezembro e janeiro. Entre fevereiro e maio ocorre a estação chuvosa, em que o sistema principal de chuva é a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Quadra chuvosa

A FUNCEME somente divulga previsão para a quadra chuvosa – fevereiro a maio – na segunda quinzena de janeiro. Se a partir de janeiro e fevereiro as águas do Oceano Atlântico Sul Tropical estiverem mais aquecidas em relação à porção Norte, favorece a aproximação da ZCIT, trazendo chuvas para o sertão cearense. “Vamos aguardar até a segunda quinzena de janeiro para termos um prognóstico sobre as chuvas em 2021”, disse Meiry Sakamoto, meteorologista da FUNCEME.

Outro quadro favorável é que nos próximos quatro meses há atuação de La Niña, quando a temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico na costa do Peru está fria. O contrário, ou seja, a formação de El Niño, aquecimento, é desfavorável à formação de nuvens de chuva sobre o sertão nordestino.

Os acumulados de novembro em Iguatu entraram para história

 

 

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