A capela fica na Casa de Acolhimento Irmã Dulce, no bairro Esplanada. O pequeno tempo, instalado desde a criação da entidade filantrópica, ocupa um dos cômodos do prédio, com acesso logo pela recepção. Criada inicialmente como um local para oração, costuma receber poucas visitas, tem capacidade para acolher pouco mais de 30 pessoas sentadas. Mas na capela são celebradas duas missas por mês. Com a canonização de Irmã Dulce, que passou a ser chamada como Santa Dulce dos Pobres, a expectativa é que o local passe a ser mais visitado. A capela esta na Área Pastoral da igreja matriz de Nossa Senhora das Graças, no Bairro COHAB.
A Santa Dulce dos Pobres tem como imagem ao lado uma criança carente, isso demonstra bem o título que recebeu após ser canonizada no domingo, 13, no Vaticano, em Roma pelo papa Francisco. A religiosa baiana se tornou a primeira brasileira santa pela igreja católica. Durante três dias, que antecedeu a canonização, foi realizado um tríduo em frente à Casa de Acolhimento. Já na segunda-feira, católicos e devotos participam de uma Missa em Ação de Graças pela canonização da santa. O evento religioso contou com a participação de dezenas de pessoas. Além das presenças de padres e religiosas. A celebração foi presidida pelo bispo da Diocese de Iguatu, dom Edson de Castro Homem, que destacou a importância das ações e trabalho prestado pela agora Santa Dulce dos Pobres, conhecida como Anjo bom da Bahia. Para a igreja católica a maneira com que a santa viveu, é um exemplo a ser seguido.
O vaticano atribui a ela dois milagres: o primeiro é a cura de uma mulher do interior do Sergipe que se recuperou de complicações de um parto. E o segundo músico e maestro que havia ficado cego em função de um glaucoma e voltou a enxergar. “Mulher de caridade, de acolhida aos necessitados, aos doentes, aos pobres”, destaca dom Edson.
Em Iguatu, muitas pessoas passaram a conhecer a história da santa depois que foi anunciada a canonização. “Eu não conhecia, sabia que tinha essa casa que leva o nome dela, mas não sabia dessa linda história de vida dela. Que tanto ajudou a quem mais precisava. É uma pessoa santa mesmo, que viveu e seguiu os ensinamentos de Jesus Cristo”, comemora a canonização a aposentada Maria de Souza, que passou a ser devota. “Assim como ela intercedeu essas pessoas espero receber uma graça dela pra minha saúde. Quem cura é Deus, mas que ela interceda por todos nós”.
Assim, católicos vê com muita alegria a instalação da capela em honra à Santa Dulce dos Pobres. Construída e inaugurada, pelo bispo dom João Costa. A Casa Irmã Dulce, acolhe diariamente cerca de 50 pessoas, acompanhantes de pacientes que se internam em unidade de saúde em Iguatu. O local oferece estadia e alimentação, totalmente gratuitos, mas depende de doações para continuar prestando os serviços.
Irmã Dulce nasceu em Salvador, Bahia. Alimentou famintos e tirou crianças desamparadas das ruas. Faleceu, aos 77 anos.
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