Iguatu teve uma semana violenta com o registro de quatro homicídios. A polícia trabalha com suas equipes na ideia de apresentar o quanto antes suspeitos de terem cometido os crimes. Os crimes deram um salto nas estatísticas. A cidade somente no ano de 2022 chega ao 18º homicídio.
O primeiro da série da semana envolveu Júnior Lopes, 32, que foi encontrado sem vida em uma casa que está para alugar na Rua 23 de novembro, no centro comercial de Iguatu. O corpo encontrado na segunda-feira, 11, apresentava sinais de violência provocadas por objeto perfurocortante. Nenhum suspeito foi preso. A polícia analisa câmeras de segurança e tenta identificar as últimas companhias da vítima horas antes do crime. Na quinta-feira, 14, a moto da vítima foi encontrada abandonada.
Francisco Ilderlânio Sales Paulino, 35, foi morto na Rua 7 de setembro. Ele residia na Rua José Pereira. O fato ocorreu na segunda-feira, 11. Dois homens armados em uma motocicleta efetuaram diversos disparos de arma de fogo. A vítima, que seguia em uma bicicleta, caiu sem vida do veículo. Os suspeitos fugiram e até o momento ninguém foi preso. Cartuchos de dois calibres de pistolas distintas foram encontrados na cena do crime. A polícia já iniciou as oitivas de testemunhas e suspeitos em potencial.
Duplo homicídio
Hellen Meyriane Pereira, 31, e Wilyane Graça Pereira, 14, mãe e filha, foram executadas a tiros na cidade de Iguatu. O crime ocorrido no Bairro Novo Iguatu na tarde da quarta-feira, 13, deixou ainda outra pessoa ferida. As vítimas foram executadas em uma residência por homens armados que invadiram o local. Diversos disparos foram efetuados, um deles atingiu um homem que estava no local. Dois suspeitos de cometerem o crime foram presos. A dinâmica do crime ainda deve ser esclarecida. A polícia ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso e eventuais motivações do crime. A terceira vítima, Erick Rômulo de Menezes, foi levada para a emergência do Hospital Regional de Iguatu (HRI).
A motivação do crime estaria ligada a vingança. “A jovem adolescente estava no lugar e momento errado. Apuramos que os alvos seriam o casal. Prendemos um suspeito e estamos trabalhando para indiciar mais suspeitos. Tem mais gente por trás do caso. O contexto da motivação ainda não vamos divulgar para não atrapalhar o andamento das investigações”, disse o delegado regional Diego Gomes.
O delegado antecipou que os crimes não possuem ligação. “A ligação é somente a perversidade dos autores. Até onde apuramos, não se interligam”, concluiu.
Números
Iguatu terminou o ano de 2021 com 25 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), a soma de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. O montante representa um aumento de 14% na comparação com 2020, quando 22 assassinatos foram registrados. Mesmo em alta, o número ainda é menor da média histórica registrada na cidade. O ano mais violento em Iguatu foi em 2017, quando ocorreram 40 mortes. O ano de menor registro foi em 2019, quando 14 pessoas perderam suas vidas. Em 2018, Iguatu registrou 37 homicídios.
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