Em meio aos bastidores políticos de Iguatu, a temporada da ‘janela partidária’ tem agitado o cenário pré-eleitoral da cidade. Desde o dia 7 de março, políticos têm a oportunidade de mudar de partido sem perder seus mandatos, em um período que se estende até o próximo dia 5 de abril.
Embora o período costume afetar especialmente aqueles que buscam vagas no legislativo municipal, o jogo de cadeiras partidário está sendo influenciado diretamente pelos candidatos que liderarão as chapas e aspiram assentos no legislativo. A escolha do partido torna-se fundamental não apenas pela capacidade de atrair votos, mas também por sua habilidade em mobilizar recursos para a campanha.
Com três grupos políticos já estabelecidos na Câmara Municipal de Iguatu, os 17 vereadores aguardam a definição de seus líderes para traçar seus próximos passos.
Somando atualmente quatro vereadores à base, na ala da oposição, liderada pelo deputado e ex-prefeito Agenor Neto (MDB), os olhares se voltam para a indicação de seu filho como pré-candidato ao executivo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), contando com o apoio de lideranças estaduais da sigla. Além do PT, o grupo deve agregar o Progressistas (PP) e o próprio Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Contando atualmente com seis parlamentares em seus quadros, também se colocando como oposição, o presidente da CMI, Ronald Bezerra (Republicanos), que já governou interinamente a cidade, ainda não definiu sua preferência partidária. Há especulações sobre sua possível filiação ao União Brasil (UB), liderado pelo deputado estadual Danilo Forte (UB).
Os partidos PSD, PSDB e AGIR, por sua vez, devem contar com membros ligados ao atual prefeito Ednaldo Lavor (PSD), que, estando em seu último mandato, ainda não definiu seu sucessor.
A onda ‘bolsonarista’ também marca presença na cidade, com o Partido Liberal (PL) liderado pelo capitão do Exército Pedro Hélder, que se coloca como pré-candidato, representando uma direita mais conservadora.
Indefinição
O PDT e o PSB apresentam cenários incertos. A instabilidade do PDT no âmbito estadual deixa em aberto a presença de grandes nomes na sigla, enquanto o PSB deve receber lideranças ligadas ao deputado Marcos Sobreira (PDT), contando com o apoio político do senador Cid Gomes (PSB).
Apesar de não ter confirmado oficialmente, o empresário José de Sá Vilarouca (PT) pode figurar no PSB. O fundador do PT em Iguatu afirmou à imprensa local que pretende fazer valer seu nome nas prévias municipais da sigla. Ele chegou a definir como ‘indignante’ a adesão de Ilo ao PT pelo diretório estadual. Por filiados locais foi rejeitada a entrada de Ilo na agremiação após manifesto.
Já as siglas de esquerda, como PSOL e PSTU, ainda não definiram se lançarão candidatos ao executivo municipal, mantendo a tradição de apresentar alternativas e chapas próprias nas últimas eleições.
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