Jarbas e Helena se encontraram novamente, desta vez em um parque tranquilo às margens de um lago. O sol brilhava suavemente, e o ar estava repleto do perfume de flores. Eles caminharam lado a lado, compartilhando histórias e risadas.
A conexão entre eles era palpável, e Jarbas sentia que havia encontrado alguém especial. Eles sentaram-se em um banco, e Jarbas pegou a mão de Helena. Ela não a retirou, e eles ficaram ali, em silêncio, desfrutando da companhia um do outro.
Mas o destino tinha outros planos. Enquanto eles estavam ali, um carro desgovernado entrou no parque e atropelou o banco onde estavam sentados. Jarbas conseguiu se afastar a tempo, mas Helena não teve a mesma sorte (Jarbas nunca soube que seu pai fora o mandante daquele assassinato).
Jarbas ficou em choque, assistindo impotente enquanto Helena era levada para o hospital. Ele a acompanhou, rezando para que ela se recuperasse. Mas não foi possível. Helena faleceu algumas horas depois, devido aos ferimentos graves.
Jarbas ficou devastado. Ele não conseguia entender por que alguém tão especial e cheio de vida teve que partir tão cedo. Ele passou dias em um estado de negação, questionando o sentido da vida e do destino. Lembrava-se de Bukoswki e das conversas existenciais que eles tiveram no primeiro dia que se conheceram.
Mas à medida que o tempo passava, Jarbas começou a refletir sobre a brevidade da vida. Ele percebeu que o tempo que temos é limitado e que devemos aproveitar cada momento. Ele lembrou das palavras de Helena, que sempre dizia que a vida é preciosa e que devemos viver cada dia como se fosse o último, pois um dia acertaríamos.
Jarbas decidiu que não queria mais desperdiçar seu tempo. Ele começou a se concentrar em suas paixões e a viver cada dia com propósito. Ele sabia que nunca esqueceria Helena, mas também sabia que ela gostaria que ele continuasse a viver e a encontrar felicidade.
O encontro trágico com Helena havia mudado Jarbas para sempre. Ele havia aprendido a valorizar a vida e a aproveitar cada momento. E embora a dor da perda ainda fosse intensa, Jarbas sabia que Helena estaria sempre com ele, em seu coração e em suas memórias.
Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História
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