Keylla Andrade trocou as passarelas pelo fisiculturismo

11/10/2024

Ela trocou as passarelas da moda, dos desfiles de Miss, até mesmo já foi eleita Miss Iguatu em 2015, para se tornar campeã também nas passarelas de concursos e competições de fisiculturismo feminino. Determinada e comprometida no que faz, Keylla Andrade também é influencer e advogada.

Recentemente em uma dessas importantes competições, Keylla voltou para casa com três troféus TOP 1. Em casa já tem dezenas deles. Tudo começou recentemente, há cerca de sete meses. Está satisfeita e orgulhosa do esporte que resolveu praticar. “Foram muitos fatores que me incentivaram a praticar fisiculturismo, um deles foi meio primeiro treinador. Antes, já tinha desfilado em 2015, ganhei Miss Iguatu. Depois passei a estudar Direito, me formei, depois passei a treinar mais para valer, de forma mais séria, mas não tinha intenção do fisiculturismo. Meu treinador me mostrou que tinha a linha muito boa para o fisiculturismo. Inicialmente rejeitei, mas alguns meses depois ele me convenceu a participar do meu primeiro campeonato, isso foi suficiente para eu ver o local onde me sentia muito bem”, disse.

Keylla ressalta que o fisiculturismo vai muito além do corpo, da estética. “É algo que exige um mental muito forte. Eu descobri isso na minha primeira competição, que era além da estética real. Para mim, foi impressionante. Eu descobri que realmente aqui me sinto muito bem. Eu me encontrei no esporte”, pontuou.

Ainda segundo a atleta, atualmente se sente mais à vontade na passarela do fisiculturismo, que em um desfile de moda. “É algo que me sinto confortável em fazer. São coisas bem distintas, principalmente a passarela que o fisiculturismo exige poses bem diferente de Miss. Quem é fisiculturista normalmente tem o hábito de treinar pose diariamente, de 30 a 40 minutos por dia, que a gente passa 2 minutos fazendo. É bem puxado, mas sigo bem a programação dos treinos. Eu faço cárdio todo dia, mas quando tem preparação às vezes faço dois. Quando não tem nenhuma competição prevista, eu faço um cárdio e também a musculação. Mas, tem dia que a gente descansa, dois dias, para o corpo recuperar”, explica.

Equipe e voos maiores

Mas para chegar ao nível de atleta e competir não é caminho fácil, além da determinação, tem toda uma equipe que auxilia e trabalha no desenvolvimento da atleta. “Temos toda uma equipe, nutricionista Monique Carvalho, que além de ser nutricionista é atleta wellness há bastante tempo, tem minha treinadora que amo, Jaiane Araújo, que planeja e sigo tudo. Os dias de treino, de descanso de determinado grupo muscular. É toda uma equipe e o resultado de cada competição é nosso”, declara.

Investir para se tornar uma atleta de fisiculturismo não é barato, principalmente participar de eventos, competições. “Os eventos são bastante caros. É preciso se organizar financeiramente meses antes também além do corpo da mente. Tem toda uma estratégia para conseguir participar. Infelizmente o fisiculturismo ainda é um esporte bastante desvalorizado, pois o atleta até para conseguir patrocínio, angariar fundos para estar no palco é um processo bem difícil, mas a gente tem feito um trabalho e tentado levar o nome de Iguatu um pouquinho além. Estamos conseguindo, participamos recentemente do Muscle Contest Fortaleza e conseguimos trazer três TOP 1, em três categorias. Muito feliz pela minha estreia na NPC. Agora é alçar voos maiores”, projeta a atleta iguatuense.

Orgulho e potencial

Keylla é orgulho principalmente para seus treinadores. “Estamos aprendendo juntas. E o que mais aprendi no fisiculturismo é que a gente acaba treinando mais algumas partes do corpo e é justamente esse o diferencial. Com uma outra pessoa que vai praticar a musculação o trabalho é o corpo todo. No fisiculturismo, além de trabalhar a parte completa do corpo, tem também algumas partes de um certo local por exemplo que é preciso ser mais trabalhado. Keylla é muito orgulho pra gente, em pouco tempo, e já ter conseguido tantos resultados positivos. Saber que estamos no caminho certo e o corpo dela reage muito bem. Cada vez que ela sobe numa competição, é uma emoção diferente”, disse a coach Jaiane Araújo, ressaltando que Keylla vem abrindo portas para outras meninas entrarem na prática do esporte.

“Keylla veio treinar com a gente e logo nos primeiros meses de treino ela apresentou um desenvolvimento muito bom, juntamente com a dieta adequada. Eu vi nela um potencial, sou o primeiro coach dela, que incentivou. Vi um potencial que não vi em outras pessoas, a partir daí começou o trabalho para encaixar no mundo das competições, não demorou muito. Era um tabu na nossa região as mulheres entrarem para esse mundo, que antes era muito masculino. A nossa intenção quanto treinador, administrador à frente de uma academia é levar esse esporte para o maior número de pessoas que se identifiquem, inclusive as mulheres. O esporte tira as pessoas de uma vida sedentária. Estamos buscando auxiliar esses atletas na medida que podemos. Sabemos que o investimento é bem alto. Importante esse apoio da academia. As academias têm que incentivar os atletas, porque de um praticante se faz um atleta. Nesses dois anos de funcionamento, temos tido bons resultados”, destaca Rodrigo Gonçalves, treinador e administrador da academia Lion Fitness.

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