Na cidade de Iguatu, foram desativados dois laboratórios de entorpecentes, sendo um subterrâneo, em um imóvel de luxo. Os dois pontos eram situados na zona rural da cidade, nos Sítios Tanque e Carnaúba. A investigação estima que os locais produziam em alta produção 15 mil comprimidos por dia. A polícia ainda tenta prender o principal financiador da produção na cidade.
As polícias Militar e Civil desencadearam, na quarta-feira, 19, a Operação Subterranus. O intuito era combater a produção e a distribuição de comprimidos psicotrópicos. As investigações tiveram início quando uma quadrilha foi presa em Pernambuco com medicamentos produzidos em Iguatu.
Detidos e foragido
Ainda segue foragido o suspeito até o momento identificado pelo nome de Jair Costa. Conforme a investigação, ele seria responsável pela produção dos comprimidos e proprietário das residências. Três pessoas foram conduzidas à Delegacia Regional de Iguatu. Preso em flagrante, Gerciel Lucas de Lima, 25, foi autuado por tráfico de drogas e comercialização de remédios ilegais. Os demais suspeitos foram ouvidos e liberados. As penas pelos crimes de produção de medicamentos ilegais preveem 15 anos de detenção.
As forças policiais também apreenderam um vasto material ilícito, como 580 mil embalagens para comprimidos, centenas de comprimidos psicotrópicos, quase cinco quilos de insumos para a produção dos comprimidos, além de uma pistola calibre 380 e munições. “Acreditamos que eles produziram por cinco meses material para atender um mercado de consumo em todo o nordeste”, afirmou Marcos Sandro, delegado regional de Iguatu.
A polícia investiga o caso há 30 dias. Dois produtos eram fabricados; artani (o popular arrebite), e pramil, (usado na disfunção erétil), ambos de produção e comercialização proibidas no Brasil. “A arma que eles utilizavam, apontamos como um meio de eles estarem preparados para o confronto”, disse o tenente-coronel da PM, Giovani Sobreira.
Subterrâneo
Em um dos laboratórios que funcionava em uma chácara, existia uma área subterrânea, ainda em fase de construção. Após buscas no local, os policiais verificaram que a parede escondia sacos plásticos, contendo um tipo de pó branco utilizado na fabricação das drogas, além de localizarem sacos vazios de celulose.
No subterrâneo, por meio de uma escada escondida em um piso falso, foram encontradas várias prateleiras e um quadro, onde estava anotada a produção dos comprimidos, além de um cofre na parede de gesso, que estava disfarçado por meio de um interruptor de energia elétrica falso. Ao retirar o interruptor, encontraram o cofre e, dentro dele, a pistola com dois carregadores e munições. “A casa do Sítio Tanque era de alto padrão e possuía piscina olímpica. O sistema de esconderijo foi inteligentemente criado, nunca visto nos meus estudos e comparações com casos pelo mundo”, disse o delegado.
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