Uma mulher que tem três filhos atendidos numa creche do bairro João Paulo II, o CEI-Centro de Educação Infantil, Dr. José Mendonça Neto, procurou a imprensa para denunciar que a diretora daquela unidade de assistência trata as crianças com desigualdade. Geisecleide de Oliveira,39 disse que cansou de ver a discriminação, inclusive contra seu filho e resolveu denunciar. “Não acho certo o que ela faz com as crianças, todas merecem tratamento igualitário, não acho que haja uma melhor do que outra para receber tratamento diferente”, reclamou.
Geisecleide denunciou que já presenciou a diretora do Centro de Educação Infantil-CEI, Dr. José Mendonça Neto, Silveni usar termos pejorativos com duas crianças chamando as mesmas de ‘lesadas’, expressão que rotula a pessoa como ‘desatenta’, ‘descuidada’, que está sempre atrás, que nunca chega na hora e nunca alcança metas de aprendizado. Segundo a mãe denunciante, as crianças, em algumas ocasiões saem do espaço da creche e vão parar na Rua.
A mãe também denuncia que por mais de uma vez precisou que o filho ficasse até às 17h na creche porque ela precisa trabalhar e a diretora não aceitou, mas que teria permitido que outra criança filha de outra pessoa ficasse até este horário. “Só quero que o tratamento seja igual para todos, porque não existe nenhum melhor que o outro, se meu filho não pode ficar até às 17h, então isso deve servir também para as outras crianças”, lembrou. Segundo ela o horário para os pais pegarem as crianças na creche é às 15h, mas que ‘alguns’, quando precisam pegam às 17h, menos ela.
A reportagem procurou a referia creche para se posicionar sobre as denúncias. A unidade que é mantida pelo município funciona no bairro João Paulo II e atende 200 crianças em dois turnos, algumas em tempo integral.
A diretora Silveni Alves de Araújo negou as denúncias. Ela disse que nunca usou termos pejorativos com nenhuma criança e que a denúncia da mãe é infundada. “Nunca usei essa expressão com nenhuma criança, até porque quem fica com as crianças são os monitores”, rebateu. Ela confirmou que a mãe denunciante tem três filhos matriculados na creche e todas são atendidas conforme o regimento, que obedece critérios técnicos do PPP-Projeto Político Pedagógico. “A criança é matriculada em determinado turno, ou tempo integral, conforme sua faixa etária”, argumentou. Silveni também rebateu a denúncia da mãe de que crianças ultrapassam os muros da creche para a rua. Segundo ele, isto não se fundamenta porque em todos os turnos de funcionamento há um vigilante no portão e nos horários em que cessam as entradas e saídas o portão fica fechado com tranca. “Temos toda atenção com a segurança das crianças, nunca aconteceu de nenhuma delas ter acesso à rua sem que estivesse acompanhada do pai, da mãe ou responsável, isto é uma leviandade”, assegurou.
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