Março já é de longe o pior mês da pandemia em Iguatu, com 134 mortos no total, os especialistas preveem outro mês trágico em abril, com hospitais saturados e, em alguns casos, forçados a escolher quem receberá atendimento.
De 1º a 31 de março, foram registradas 24 mortes por Covid-19 na cidade – quase que o dobro dos meses de julho e agosto de 2020, que haviam sido até então os meses mais letais com 15 evoluções de óbitos na época. Os números de março ainda podem se elevar conforme as mortes sob suspeita se confirmarem com o diagnóstico positivo para a doença.
Iguatu alcançou neste dia 01 de abril a marca de um ano do primeiro registro. No ano passado, uma bebê de três meses que não resistiu a um quadro viral marcou o início de uma série de perdas.
As mortes por Covid-19 na cidade desaceleraram entre maio e novembro de 2020, mas voltaram a crescer em dezembro e seguiram acelerando nos dois meses seguintes. Os dados da plataforma da Secretaria da Saúde de Iguatu ratificam que as mortes pela Covid seguem em crescimento pelo quarto mês seguido.
No país, a média de mortes na semana subiu para 34%, batendo novo recorde. Em Iguatu a média atual é de 2,7. O número já superou 3%.
Cenário Epidemiológico
Dos 184 municípios do Ceará, em 179, incluindo Iguatu, o nível de risco para a Covid-19 é considerado altíssimo. A métrica utilizada no IntegraSUS pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) vai de risco baixo (nível 1) a altíssimo (nível 4). Nesse último caso, a taxa de ocupação dos leitos deve estar acima de 95%, a de letalidade superior a 3%, e a positividade de testes maior que 75%.
Uma projeção do Sistema de Monitoramento Preditivo (Simop) da Universidade Federal do Ceará (UFC) indica que a média móvel de casos de Covid-19 no Estado deve se estabilizar na primeira quinzena de abril. A de mortes pela infecção, por sua vez, também segundo o estudo acadêmico, deve ficar estável somente entre o fim do mês e o início de maio.
UTIs
Os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital Regional de Iguatu (HRI), Hospital São Vicente e Hospital e Maternidade Agenor Araújo (HMAA) que somam 30 leitos têm ocupados 27, uma taxa de 90%. O município com maior número de pacientes é Iguatu com oito, seguido de Mombaça com cinco. Os demais internados são de Acopiara, Brejo Santo, Crato, Ipaumirim, Nova Olinda, Orós, Quixelô, Irapuan Pinheiro, Salitre e Várzea Alegre.
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