Médica infectologista adverte sobre as doenças sexualmente transmissíveis no carnaval

22/02/2020

Na semana que antecedeu o início do período carnavalesco o jornal A Praça foi ouvir uma profissional especializada na área de Infectologia, para saber mais sobre as doenças que ocupam o topo da lista das infecções sexualmente transmissíveis no período.

            Janielle Domingos Taveira, graduada em Medicina pela Universidade Federal do Ceará-UFC, com especialização em Infectologia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFP, que atende semanalmente em Iguatu, no CEMEAR-Centro Microrregional Especializado de Atenção à Saúde Reprodutiva e Sexual, órgão ligado à secretaria de Saúde do município topou em falar ao periódico e cooperar com o público leitor numa abordagem ampla e direta sobre o tema.

Drª. Janielle Domingos lembrou que o carnaval é um período de surgimento de muitas ‘DSTs’, porque, “é um período em que as pessoas acham que tudo é permitido e tudo é perdoado, que pode fazer tudo”. A especialista ressaltou que toda e qualquer pessoa tem o livre arbítrio de fazer o que quiser, desde que se previna contra os males e as infecções.

AIDS e SÍFILES

De acordo com a médica, após o período carnavalesco, o diagnóstico em maior volume no serviço público de saúde está centrado em doenças como a Sífiles e AIDS. Mas ela adverte que também existem outras infecções como Hepatite ‘B’, Hepatite ‘C’. Conforme a especialista, Sífiles e AIDS são doenças que, contraídas através de bactéria e vírus, só se manifestam posteriormente. No caso dessas duas infecções com maior número de diagnóstico, a explicação é simples: segundo a infectologista, em relação à Sífiles existe uma grande facilidade na transmissão de uma pessoa para outra. No caso do vírus da AIDS as pessoas estão banalizando a doença e deixando de se cuidar. “Existem pessoas que encararam a prática sexual como uma ‘roleta russa’ e não têm medo de se expor”, lembrou. A médica infectologista ressaltou que não se pode mais atribuir as infecções sexualmente transmissíveis a determinados grupos de pessoas ou classe social, porque atualmente, em não havendo prevenção, todos estão expostos e vulneráveis a contrair as doenças.

Teste rápido e Diagnóstico

A médica explicou que a Sífiles, por exemplo, é uma doença que e manifesta nas partes íntimas da pessoa através de um pequeno ferimento indolor, que desaparece em pouco tempo, para voltar depois causando grandes danos à saúde, inclusive afetando o sistema nervoso central podendo evoluir para agravamento neurológico e até óbito. Os ferimentos característicos da primeira fase da doença podem surgir também na boca do paciente e no caso das gestantes a bactéria pode ser transmitida da mãe para o bebê. Em relação à AIDS, por se tratar de um vírus que pode ficar por algum tempo incubado no corpo da pessoa, sem se manifestar, quando isto ocorre, geralmente a doença já está em fase avançada, o que dificulta o tratamento. Por isso, a infectologista destaca a importância do teste rápido para diagnóstico, e no caso da confirmação, início do tratamento.

Drª Janielle lembra que atualmente há disponibilidade da vacina que previne a Hepatite ‘B’, pelo SUS-Sistema Único de Saúde. Segundo ela é injustificável que alguém contraia este tipo de infecção, simplesmente pelo fato de deixar de tomar a dose de vacina que pode evitar a doença. A médica ressalta que tanto a Hepatite ‘B’, quanto a ‘C’ têm seus elevados graus de letalidade. Ainda de acordo com a infectologista, o caminho mais curto para prevenir essas infecções é a prática de sexo com preservativo.

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