Moliny Abreu apresenta TCC e conclui curso de Pedagogia

15/03/2025

Com o título: “A práxis pedagógica do profissional de educação em Iguatu-Ceará: estudo pautado na contribuição da afetividade pelo processo de ensino e aprendizagem nas turmas de infantil III”, a jovem universitária Moliny Abreu apresentou o Trabalho de Coclusão de Curso – TCC.

Moliny Abreu entrou no curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará (UECE-FECLI) na turma 2019.1, desde então, assim como na vida estudantil, mostrou-se dedicada à vida acadêmica. “Era meu sonho fazer Pedagogia e ser professora desde criança”, contou Moliny, ressaltando que nunca teve dificuldade em relação à adaptação ao ensino superior. “Nunca tive dificuldade com relação à faculdade. Eu nunca tive dificuldade com provas, porque eu estudava muito, e dos seminários sempre pedia ajuda para amigas do NAAI (Núcleo de Apoio à Acessibilidade e Inclusão da FECLI). No comecinho do curso eu gostava de participar mais, agora eu mudei, não fico mais participando daquela forma. Mas tive a compreensão de professores e muitos amigos, especialmente da Rainy, que foi minha colega desde o ensino médio e fez muitos trabalhos e estágio comigo”, ressaltou a universitária que está prestes a colar grau.

Moliny destaca que aprendeu muito durante os estágios com contato direto com crianças. “Eu gostei da parte da prática da Pedagogia, do PIBID, e do estágio com as crianças. Participei do planejamento de aulas para os alunos da escola que participava do PIBID, com a supervisora Gleivania da escola Carlota Távora. Também contava histórias infantis. Isso tudo de forma remota, na época da pandemia (2020). quando aconteceram muitas coisas, como morte de pessoas da minha família. Isso mexeu muito comigo e fico triste”, pontuou.

Professora Moliny

Durante a experiência do estágio, depois do período da pandemia da Covid, Moliny passou por algumas unidades de ensino. “Eu gostei do estágio supervisionado que foi presencial. Fiquei muito ansiosa e amei. Fui bem recebida nas escolas: Creche Francisca Correia Braga, que fiz dupla de estágio com Rainy; Creche Maria Hilda Rolim, que fiz equipe com Mônica e Maísa; Escola de Ensino Fundamental José Eriton, na qual fiz equipe de estágio novamente com Mônica e Maísa; estágio no ensino fundamental na Escola João Herculano Pinheiro, que fiz individual. E o último estágio foi em educação especial que fiz junto com minhas amigas no NAAI na FECLI. Essas amigas do NAAI são maravilhosas, algumas me acompanharam por muitos semestres e a Fernanda, em especial, é a melhor amiga do mundo. Eu gostei do meu trabalho nas escolas, porque sou pedagoga carinhosa, porque eu adoro crianças”, disse, complementando ainda que “Eu sou a primeira Down a ter entrado na UECE e me formar, mas não quero ser famosa, não gosto muito, só sei que quero ser chamada professora Moliny”.

A jovem também é enfática ao falar sobre Educação. “Eu não quero falar só sobre educação especial e inclusão, porque sou professora e quero falar de outros assuntos também, por exemplo, sobre o meu trabalho de conclusão de curso que teve o título “A práxis pedagógica do profissional de educação em Iguatu-Ceará: estudo pautado na contribuição da afetividade pelo processo de ensino e aprendizagem nas turmas de infantil III”.

Ela afirma que vai continuar se capacitando, buscando mais formação para a carreira de professora. “Quero continuar estudando para seguir minha carreira e fazer pós-graduação em psicopedagogia na UECE. Eu quero trabalhar em uma escola particular para ter tempo de cuidar dos meus sobrinhos”, contou agradecendo o apoio que recebeu da família, amigos e especialmente da UECE.

Família e protagonismo

Para a família a universidade foi a oportunidade de Moliny continuar os estudos e sobretudo de conhecer novas pessoas, ter novas experiências e construir o sonho de ser professora. “A FECLI sempre acolheu Moliny muito bem, desde a matrícula, passando pelo atendimento especializado como no caso do suporte da acompanhante do NAAI e de tantos outros momentos em que foi preciso reconhecê-la e compreendê-la em suas particularidades. Eu, enquanto mãe, sempre estive presente, assim como as irmãs e o pai, acompanhando cada etapa da vida universitária de perto, entendendo que a família é parte do processo de inclusão, seja na educação básica ou neste caso, no ensino superior. Direção, coordenação do curso de pedagogia, professores, equipe do NAAI, secretaria, acadêmico, limpeza, portaria, lanchonete, amigos e colegas, todos foram parte deste processo. Alguns participaram de forma mais direta, mas todos contribuíram de alguma forma para que Moliny fosse hoje a concludente do curso de Pedagogia da UECE – FECLI”, contou dona Zefinha Abreu, mãe de Moliny, acrescentando ainda “Moliny como protagonista de sua vida e de suas conquistas, tem na FECLI um ambiente seguro em que ela ama estar e que já fala que vai voltar para fazer a pós-graduação em psicopedagogia.”

NAAI

A orientadora de Célula do Núcleo de Apoio à Acessibilidade e Inclusão (NAAI) da FECLI, Diná Moreira, destacou o sentimento de todos da universidade enquanto núcleo de assistência. “Nosso sentimento é de orgulho. E a gente sempre coloca aqui: a Moliny Késsia se coloca hoje como aluna que abre um momento de que outros alunos com a síndrome de Down, outros alunos que apresentam qualquer diferença eles podem sim ocupar os espaços acadêmicos e a universidade no caso a nossa, a Faculdade Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI que é um dos campos da UECE, aqui no interior Estado ele se coloca como um centro que possui essa capacidade a partir do NAAI de ter equipamentos, de ter bolsistas, de ter profissionais intérpretes de Libras, audescritores que podem e que estão cotidianamente atendendo essas demandas”.

 

MAIS Notícias
Iguatu: Cidadania x Urbanismo
Iguatu: Cidadania x Urbanismo

Paulo Cesar Barreto   Arquiteto e Urbanista   A partir da década de 1970, o município de Iguatu passou a ter uma população urbana superior à sua população rural. E neste “status quo” consolidou-se como importante centro financeiro, de serviços, comercial,...

Bar vira ponto de encontro para cantores de Karaokê
Bar vira ponto de encontro para cantores de Karaokê

  Forró tradicional, sertanejo, pagode, rock nacional, internacional, MPB, além de outros estilos musicais estão nos repertórios escolhidos durante os encontros de amigos, todas as quintas-feiras, no Inbraza Pub. O local virou ponto de encontro de nostálgicos. Por lá...

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *