Um abraço simbólico e falas de indignação foram as formas que moradores e presidentes de associações do distrito de Suassurana e de outras comunidades acharam para protestar cobrando conserto da parede do açude Dr. Carlos Roberto Costa, o Trussu.
“Sabemos que muitas pessoas estão preocupadas com essa situação, mas infelizmente diante das cobranças e reclamações que não são de agora, nada de definitivo pra melhorar o acesso do Trussu foi feito. Reunimos representantes das comunidades de Suassurana, Volta, Agrovila do Tamboril, Agrovila do Ingá, Latadas e até do distrito de José de Alencar e também de Iguatu, que estiveram com a gente. Realizamos uma caminhada ao longo da parede do Trussu, para mostrar a situação em que a mesma se encontra e reivindicar sua urgente recuperação”, relatou Rita Clares, da Adesce.
Os problemas apresentados pelos moradores, além da parede principal, a parede auxiliar também apresenta problemas estruturais e o sangradouro que precisa passar por limpeza. “Isso causa medo e insegurança para todos que vivem ao redor do açude”, lamentou Clares.
Durante as falas, representantes das comunidades repudiaram uma nota de esclarecimento emitida pelo DNOCS. “A nota quer transferir para a população a responsabilidade pela situação da parede do açude”, protestou Clares. Diante dessa situação, ficou deliberado entre as ações um abaixo-assinado e a articulação de uma audiência pública com os órgãos competentes para tratar do assunto.
Nota do DNOCS
Em nota o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) informou que uma equipe de engenheiros da autarquia já esteve no local, realizou uma vistoria minuciosa e elaborou relatórios técnicos sobre o problema. “Foi analisado que o pavimento da barragem do açude público Trussu está sendo usado de maneira inadequada, como estrada de acesso e tráfego de veículos pesados, como caminhões, tratores e ônibus escolares, uma vez que quando o pavimento foi construído, o mesmo não foi dimensionado para essa finalidade, e sim para o trânsito de veículos leves com o intuito de realizar a manutenção da barragem quando necessário. Reforçamos ainda que mesmo com o mau uso, a barragem não apresenta nenhum problema de estabilidade”, diz a nota.
O DNOCS finalizou destacando que a previsão é de que a obra de recuperação seja iniciada após a quadra chuvosa.
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