Viver o drama diário de uma rua condenada a enchentes, mau cheiro com esgotos estourados e água empoçada. Esta é a rotina dos moradores da Rua Pedro Gomes, no trecho mais baixo da artéria, entre a Deocleciano Bezerra e a Agenor Araújo. Ali, um conjunto de aproximadamente 50 casas é seriamente afetado cada vez que chove. Um drama recorrente é o alagamento. Tradicionalmente essa rua é a primeira que alaga quando chove no Centro.
De acordo com os denunciantes, quando o volume hídrico é muito alto, as águas invadem as casas e causam prejuízos, danificando móveis e a parte física dos imóveis. Os prejuízos com móveis e outros utensílios são incontáveis. José Onias, 58, morador do trecho reclama da situação. “Desde que vim morar aqui é assim, quando chove a água inunda a rua, quando a chuva passa é a água dos esgotos”.
A reportagem apurou que o lixo solto na rua como sacolas, garrafas pet, fraldas e outros, acabam indo parar na ‘abertura dos esgotos’ e impedindo a água de escoar com mais velocidade. No caso da Rua Pedro Gomes, o problema se torna ainda maior, porque o esgoto que recebe a água é insuficiente para dar vazão, por isso os alagamentos são históricos e a rua vira um rio quando a chuva é de maior intensidade.
Além dos problemas com a água estagnada e o alagamento, os moradores reclamam do pavimento, construído em ‘pedra tosca’ que está totalmente danificado. O trecho que cruza as ruas 13 de maio e Deocleciano Bezerra interligando com a Agenor Araújo receberam manta asfáltica no passado e por causa das constantes enchentes, parte do asfalto foi levado pelas águas e ficaram os buracos misturados com os ‘bicos’ de pedra, prejudicando o tráfego de veículos, pedestres e ciclistas.
A Rua Pedro Gomes de Araújo é por onde escorre grande parte da água que escoa da Rua 13 de maio, resultado das chuvas. O maior problema, segundo os moradores, é que a água que desce acaba ficando acumulada ao longo da rua, porque o esgoto por onde o volume hídrico deveria passar é muito estreito, além disso ainda tem o lixo que é levado pela água e impede a passagem. Por esta razão, a Rua Pedro Gomes é uma das primeiras a alagar e uma das últimas a secar.
Posicionamento do município
Nesta sexta-feira, 19, uma equipe da Secretaria de Infraestrutura do município já esteve no local realizando trabalho de escoamento da água empoçada e a limpeza parcial das canaletas. De acordo com a pasta, o objetivo da intervenção foi minimizar a situação reclamada pelos moradores, com a diminuiu da lama dos esgotos, reduzindo o mau cheiro, consequentemente afugentando os insetos.
O secretário Marcos Ageu enviou nota à redação.
“A Pedro Gomes passou recentemente por um levantamento topográfico, para entendermos a dificuldade de escoamento ali existente. Foi identificado que todas águas que são lançadas nas sarjetas, desde a lateral norte da Casa de Saúde, até a antiga prefeitura, e praticamente toda a Coronel José de Pinho passam pela Rua Pedro Gomes. Na caixa da Rua Pedro Gomes, há uma declividade entre a Rua 13 de maio e a Agenor Araújo muito pequena, da ordem de 40cm. Porém na esquina da Pedro Gomes com a Deocleciano Bezerra há um bolsão, que não consegue escoar por gravidade da forma que está hoje.
O setor de engenharia está projetado a drenagem, que deverá ser em tubo de concreto, baseado na área de contribuição. Paralelo a isso, foi identificado também, que 70% das casas cobriram as sarjetas, e as intervenções irão começar por aí. Quebrando esses passeios e desobstruindo essas sarjetas, que possuem vários pontos de obstrução, seja por folhas, sacolas, garrafas pets e na maioria bloqueio por tijolo da própria cobertura da sarjeta. Esse serviço será realizado em parceria com o SAAE, e deve começar nos próximos 30 dias.
Após a reconstituição destas linhas de água, aí iniciaremos a recuperação do pavimento”.
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