Os moradores do conjunto Novo Iguatu denunciam à imprensa o uso indiscriminado da Av. Sabino Antunes, um dos principais acessos ao bairro, para um derrame de entulhos e lixo. De acordo com a denúncia, o material foi jogado por caminhões-caçambas que entravam e saíam a todo instante. O mais grave é que agora outros moradores da área estão aproveitando o amontoado de entulhos para jogar lixo.
O professor Elion Souza da Silva, que utiliza o espaço da referida avenida para a prática de exercícios físicos, alertou para a gravidade do problema. Através de denúncia urbano-ambiental encaminhada numa das plataformas do Jornal A Praça, Elion tenta chamar a atenção dos órgãos fiscalizadores, principalmente de meio ambiente, no sentido de coibir a ação e evitar que novos derrames de entulhos ocorram e mais lixo seja jogado também.
A reportagem esteve por duas vezes no local (tarde da quinta-feira, 3, e manhã da sexta-feira, 4) e constatou a veracidade. Os entulhos foram colocados na margem do asfalto da avenida. Cada amontoado corresponde ao carregamento de uma caçamba. O número de carregamentos é incalculável. Sobre os entulhos estão jogando todo tipo de lixo, desde o doméstico, os eletrônicos, animais mortos e até móveis velhos estão sendo descartados.
Além da questão ambiental, a maior gravidade é o risco de acidentes, uma vez que no trecho onde o entulho foi despejado, os amontoados de terra ocupam praticamente metade de uma das pistas.
Um morador que trabalha como ‘catador informal’ e reside nas imediações disse que o local está sendo preparado para a construção de um loteamento de casas. Segundo ele, o proprietário é um homem que mora próximo, mas não soube revelar o nome.
Resposta
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente do município para tratar sobre a questão. O secretário Mário Rodrigues, titular da pasta, informou que uma parte da área denunciada é de (transbordo), que pertence ao município e a prefeitura está adquirindo material para cercar, pois a ideia é construir uma área específica de transbordo, para que os materiais transportados pelos carroceiros, como entulhos e outros, sejam descartados neste ponto. “É a chamada área de transbordo e nós teremos várias áreas como essa na cidade, onde os carroceiros poderão descartar seus carregamentos de entulhos, uma vez que esses materiais deixarão de ir para o lixão da Chapadinha”, informou.
Sobre o amontoado de entulhos no local, o secretário não informou a origem, nem se há registro na prefeitura de solicitação para construção de loteamento. Mário Rodrigues também não se referiu aos riscos de acidentes, nem aos danos ambientais causados por causa dos entulhos ocupando metade da avenida e o lixo descartado sobre os entulhos.
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