Um grupo de moradores tem se organizado para implantar uma cozinha comunitária no Residencial Dom Mauro. O objetivo é aplacar a fome e a desigualdade econômica agravadas pelo período de recessão econômica e pandemia da Covid-19. A iniciativa parte da organização do Movimento de Luta Comunitária (MLC), entidade com representação em todo país. O projeto foi batizado de ‘Cozinha Comunitária Comida no Prato’ e deve contar com o amparo de instituições locais.
O projeto iniciou com a captação de recursos, visando equipar a cozinha, seleção e formação das equipes de trabalho voluntário na produção e distribuição das refeições e prestação de contas.
No próximo sábado dia 17 será o primeiro dia da refeição. Cerca de 100 quentinhas serão distribuídas. Em um residencial com mais de 900 famílias, os moradores que possuem situação de vulnerabilidade agravada serão os beneficiados. “Sabemos que a demanda é grande, porém a construção do projeto nos permite estabelecer esse início. Vamos buscar parceiros para continuidade de aplicarmos refeições uma vez por semana. Concomitante tivermos a soma de apoiadores, vamos aumentar a oferta”, explicou Sinara Kelly, coordenadora do MLC.
O movimento foi criado com o intuito de evidenciar os problemas e necessidades que existem nos bairros buscando solucioná-los. “A partir da organização, formação e luta, queremos construir uma proposta alternativa de organizativa comunitária com diálogo com Movimentos Populares. Somos uma comunidade pobre que teve a primeira chance de obter uma moradia, porém aqui ainda carece de questões simples como o direito de poder comer. Vejo de perto situações que nos entristecesse”, afirmou Adelaide Silva, morada local.
A articulação da cozinha comunitária surge com uma prática de contribuir para a segurança alimentar de diversas famílias, tendo em vista o contexto de crescimento da fome e da necessidade de isolamento social para se prevenir do covid-19.
Saiba mais
O movimento de luta comunitária é um movimento social com atuação nos bairros com objetivo de construir o poder popular por meio da luta de direitos. “Há mais de ano estamos vivendo uma pandemia de Covid-19, com mais de 400 mil mortes, ocasionando graves consequências econômicas e sobretudo para os mais pobres. O desemprego tem sociais, aumentado, enquanto cresce o preço dos alimentos. Dessa forma, a conta não fecha no final do mês”, disse Sinara.
O projeto quer construir cinco Cozinhas Comunitárias nas periferias do Estado do Ceará. “Nosso objetivo é promover segurança alimentar, prioritariamente no período de pandemia, viabilizando o preparo e distribuição de refeições gratuitamente”, acrescentou Kelly. Além de Iguatu, o projeto segue em processo de implantação nas cidades do Crato, Juazeiro do Norte, Caucaia e Fortaleza.
Poder Público
A cidade de Iguatu possui uma Cozinha Comunitária no bairro Areias II, todavia segue paralisada desde dezembro de 2020. Lá eram servidas cerca de 100 refeições diariamente a pessoas das comunidades circunvizinhas cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. A unidade é gerida com recursos próprios da Secretaria Municipal de Assistência Social. A pasta afirma que o entrave para retomada do entendimento esbarra em processo licitatório que deve ser finalizado ainda em julho, com previsão de retorno da oferta das refeições em agosto, caso tudo transcorra conforme o andamento atual, sem imprevistos.
Serviço
Instagram: @lutacomunitaria
Facebook: @movimentodelutacomunitaria
Celular: (85) 9 8680-5069
E-mail: movimentodelutacomunitariamic@gmail.com
Parabéns por tão importante iniciativa de assistência social…. abraços e muito prazer em conhecê-los.