MPCE notifica BB por falta de acessibilidade na agência de Iguatu

06/08/2022

A falta de acessibilidade em locais públicos ainda é uma das grandes causas de transtorno em Iguatu. Desde a dificuldade de acessar agência bancária até estacionar o veículo na própria vaga destinada a pessoas com deficiência, locomover-se de maneira adequada não é uma das tarefas mais fáceis para quem possui limitações físicas.

No início desta semana, o Ministério Público do Ceará (MPCE) expediu notificação direcionada à agência do Banco do Brasil da cidade com o objetivo de garantir o acesso ideal de deficientes ao estabelecimento. O documento foi assinado pela 2ª Promotoria da Comarca por meio da promotora Raquel Barua.

As recomendações se baseiam em relatórios da visita técnica realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência no em março de 2020 que apontou inadequações na estrutura da edificação e mobiliário, a ausência de rampa com inclinação fora do padrão, ausência de corrimãos, guarda-corpos, guias balizamento, mapa, espaço entre os caixas para giro de cadeiras de rodas, assentos para obesos.

Transtorno

Nos caixas de autoatendimento foi percebida a falta de instruções e informações visuais e auditivas ou táteis em posição visível e que não possuem aparelhos intercomunicadores que permitam que o usuário informe sobre problemas de operação e dispositivo, para acomodação de bengalas, muletas ou produtos de apoio similares. Os equipamentos não permitem ainda a aproximação frontal de pessoas em cadeira de rodas, conforme o relatório. “Esperamos que algo seja feito a curto prazo. Senti na pele. É difícil quando não se consegue resolver problemas simples só por ter limitações físicas. A gente tem que quase pedir, por favor, só pra poder passar, fora todo o transtorno que é pra entrar em qualquer lugar”, relatou Franciélio Lima, cadeirante e presidente do conselho.

A recomendação pede que a promotoria seja comunicada das intervenções adotadas no prazo de 40 dias, bem como a agência indique especificamente o lapso temporal adequado para a realização das obras de adequações arquitetônicas de acessibilidade.

 

Resposta

Procurada pela reportagem, a agência local informou que a notificação foi recebida. A gerência acrescentou ainda que um posicionamento oficial, ainda sem previsão, só deve ocorrer conforme a orientação de seus advogados que ainda analisam o documento do órgão ministerial.

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