A expectativa pela regionalização do Hospital Regional de Iguatu (HRI) gera expectativa por parte dos políticos e da população da cidade. O fato se deve pela proposta do Estado em ofertar um novo plano de gestão com a readequação da rede de serviços hoje aplicada. A unidade de saúde é tratada pela gestão municipal como um equipamento subfinanciado e com maior contrapartida de recursos oriunda do próprio município de Iguatu.
O governador Camilo Santana sancionou, na segunda-feira, 30/09, a lei que regulamenta a plataforma de modernização da saúde. A nova legislação integra as regiões de Saúde do Ceará e cria a nova estrutura de organização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A Plataforma de Modernização da Saúde foi lançada pelo governador Camilo Santana e o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, em 19 de agosto deste ano, e tem investimento extra de R$ 600 milhões para sua implantação.
Para unidades do porte de Iguatu, haverá somente o planejamento técnico, ou seja, sem a aplicação de novos recursos. Pensamento esse reforçado por Dr. Cabeto em passagem por Iguatu há mais de três meses.
Políticos
O assunto foi debatido na Câmara Municipal de Iguatu (CMI) com apresentação do relatório do segundo quadrimestres da pasta da saúde.
No cenário de perspectivas e incertezas, há quem acredite que a mão do Estado no equipamento possa implicar um divisor de águas visando a uma melhor oferta do serviço aos usuários. E há quem defenda que o formato que se promete para o HRI cause impacto somente a longo prazo. “O Estado promete intervir com mais médicos e equipamentos, mas isso será demorado. A população ainda vai esperar muito até sentir a melhora do equipamento”, supõe o vereador e líder de oposição ao governo municipal Lindovan Oliveira (PSD).
Por outro lado, o líder de governo no legislativo, Bandeira Jr. (MDB), disse acreditar que a intervenção do Estado será a melhor solução. “Dividimos com a população esse anseio. Queremos ver melhorias em nossa saúde e especial a do HRI que atende grande demanda. O Estado foi provocado pelos municípios e agora nos resta esperar pela ação”, resumiu.
Demanda e problemas
Somente no ano de 2019 mais de 66 mil atendimentos foram contabilizados no HRI, com 0,61% de transferência. A demanda da unidade cresce a cada ano e sua função enfrenta problemas com fornecedores, falta de insumos atrasos salariais e estrutura deficitária. O Hospital ampara 10 municípios que agora com a nova proposta farão realocação de recursos para o Hospital Regional, segundo o titular da pasta do município Georgy Xavier. “Haverá a integração da rede, missões e metas municipais estaduais e federais. Isso precisa ser pactuado com os municípios, profissionais de saúde, sociedade civil, entidades de classe, iniciativa privada. O grande objetivo dessa plataforma é garantir à população um acesso mais rápido, qualidade no serviço e inclusive o acompanhamento pós-atendimento”, garantiu.
Ainda não há data fixa para a implantação do novo formato de gestão na unidade, enquanto sobrem expetativas por parte dos políticos e esperanças de dias melhores para os usuários.
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