A Galeria do Sesc recebe mais uma vez os trabalhos da artista plástica Patrícia Gomes, a Mulé Colagista: “Deixar pra salvar o mundo depois que eu dobrar a roupa” é o tema da exposição, composta por peças que usam a técnica de colagens de papel.
“’Deixar pra salvar o mundo depois que eu dobrar a roupa’ convida a explorar a beleza efêmera das inspirações cotidianas, emergindo entre as tensões do urgente e do mundano, é a proposta do trabalho”, segundo a artista. “É preciso habilidade para remover manchas de ketchup da camisa e uma memória aguçada para não deixar boas ideias escorrerem junto com a água do sabão. Esta exposição, composta por colagens de papel, representa o que permanece após reflexões filosóficas transporem os obstáculos da rotina (numa série de epifanias visuais sobreviventes)”, ressaltou.
O trabalho captura a dualidade entre as atividades tradicionais da vida comum e a urgência de um sentimento revolucionário de mudança, narrando algumas experiências femininas na luta diária com cor e textura, usando absurdo, bom humor e uma boa pitada de sarcasmo.
As pessoas têm até o final deste mês para visitar e conhecer a exposição o trabalho, da Mulé Colagista, que usa a técnica para manter viva a arte contando seus pensamentos, próprias histórias em colagens de papel. “Quem vê o trabalho pode tirar suas conclusões. É para instigar isso mesmo nas pessoas, pensar, buscar um olhar diferente”, contou. As peças estão expostas na Galeria Sesc, logo na entrada principal da unidade.
Perfil
Patrícia Gomes, a Mulé Colagista, é mulher artista visual e artesã. Assina produções em colagens em papel, arte digital, máscaras e esculturas de papel machê, produção de livros de artista, arte urbana (com colagem de lambe-lambe), produção cultural (design e divulgação para mídias sociais), oficinas artísticas, palestras e rodas de conversa educativas (em artes visuais de/para mulheres).
A artista é natural de São Paulo, nascida na zona sul, porém se mudou em 2009 para o Ceará, tendo Santarém, no município de Orós, como seu lar. Começou seus trabalhos artísticos em 2014 quando participou da primeira formação do Coletivo Chá das Cinco na cidade de Icó. Fez parte do elenco da performance artística Parrhesia Cínica (2015), parte da programação oficial do Festival Icozeiro. Participou como modelo e produção do ensaio e exposição da série fotográfica Tonapele, de Alexia Duarte, parte da programação oficial do Festival Icozeiro, na cidade de Icó, em 2016. Mesmo ano em que fez sua primeira exposição de colagens. Sob o pseudônimo de Randomices Aleatórias, compôs o quadro de artistas visuais da mostra que aconteceu na Casa de Cultura Professor Aldo Marcozi com uma série de trabalhos chamada: “O Abstrato que só eu Sinto”.
Em 2017, passou a integrar a iniciativa Cultura no Largo em Icó (em 2020, escolhido Ponto de Cultura) como artista visual na produção, divulgação de eventos, oficinas e apresentações culturais, entre outras ações e projetos que participou e participa. A Exposição conta com a parceria do Sesc e o Centro Cultural Banco do Nordeste. A visitação é gratuita.
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