No Dia Internacional da Mulher, (quarta-feira, 8) foram apresentados na Secretaria de Assistência Social dois programas sociais de apoio ao gênero. Foi sancionada ainda a lei que institui o aluguel social para mulheres em situação de violência.

Entre os programas lançados está o “Ponto Lilás” que tem como objetivo desenvolver ações itinerantes nas comunidades pelo menos uma vez por mês. A atividade será de cunho socioeducativo e de autocuidado para mulheres da sede e zona rural da cidade e “linkadas” ao calendário comemorativo da cidade. A primeira ação deve ocorrer nas festas de aniversário da Vila Centenário no mês de maio.

Já o programa “Elas por Elas” é realizado por meio de parceria institucional com o SENAC. As mulheres vítimas de violência atendidas pelo CRMI (Centro de Referência da Mulher de Iguatu) passaram por atividades de educação em direitos humanos, orientação no âmbito de autonomia financeira através de qualificação profissional e inserção ao mercado profissional. “Vamos incentivar o empreendedorismo dessas mulheres em situação de violência. Sabemos que a dependência financeira lava essas mulheres a não romperem o ciclo da violência”, avaliou Pablo Neves, secretário de Assistência Social Direitos Humanos e Cidadania.

Decreto

Na semana ainda houve a sanção da lei pelo prefeito Ronald Bezerra (Republicanos) que institui o aluguel social para mulheres em situação de violência. “É uma ação que terá o custeio de 100% de recursos próprios. É uma medida importante para proteger e apoiar as mulheres de nossa cidade. Com essa ação, reafirmamos nosso compromisso com as mulheres e seguimos trabalhando para garantir seus direitos e fortalecer sua voz”, afirmou Pablo.

Saiba mais

O Centro de Referência da Mulher – CRMI é o equipamento que integra a Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres.O CRMI acompanha e encaminha para os serviços da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência mulheres que estejam em situação de violência decorrente da desigualdade de gênero, doméstica e familiar (violência psicológica, sexual, física, moral e patrimonial), violência sexual (abuso e exploração), violência institucional, assédio moral e tráfico de mulheres.

Em Iguatu, no ano de 2022 o equipamento teve uma média de quase 5 mil atendimentos. Conforme Jêzada Lima, orientadora social do equipamento, o número ainda está subnotificado. “O número no geral sempre cresce. Nos esforçamos para que todas sejam atendidas com total apoio da rede. Acredita-se que tenhamos três vezes mais o número de mulheres que sofrem algum tipo de violência que não busca ajuda por medo, falta de informação ou outro motivo”, afirmou.

Os programas foram apresentados à Câmara Municipal de Iguatu (CMI) na última quinta-feira, 9, em audiência pública. O parlamento discutiu junto com representantes de Associação da Mulheres de Iguatu – AMI e da própria pasta, a necessidade do término da construção da Casa da Mulher Cearense, ainda em obras, o funcionamento da Delegacia de Defesa da Mulher – DDM aos finais de semana e feriados, e a implantação de um centro de tratamento de oncologia no município.