As coletas de sementes nativas acontecerão até o início da estação chuvosa, pelo menos uma vez por mês. O segundo mutirão realizado pelo Movimento SOS Bastiana acontece amanhã, domingo, 8, bem cedinho.
“Vamos sair da Secretaria de Agricultura no Bugi, às 6h. Por isso, é importante que quem quiser participar chegue o quanto antes, a partir das 5h já vamos estar esperando os participantes. A primeira coleta contou com a participação de estudantes universitários porque fomos fazer mais um estudo. Fomos para uma região mais longe, na região do Aceno, no distrito do Gadelha. “No mutirão que realizamos em agosto foram coletadas nove espécies diferentes de plantas. Foram coletados três quilos de sementes, umas mais, outras menos, depende da disponibilidade da realidade da planta, porque a gente não pode pegar todas as sementes, porque a planta tem que disseminar sementes no próprio local. Outra coisa depende também do momento. Nesse tempo tinha aquelas plantas liberando sementes, outras florando, a gente identificou outras que estavam começando a cair as primeiras sementes, então tem o recorte temporal. Cada planta vai produzir no seu tempo. Por isso a gente faz coletas mensais para poder arranjar o máximo possível de espécies”, destacou Dauyzio Silva, ambientalista, integrante do Movimento SOS Bastiana.
Banco de sementes
A perspectiva é coletar pelos menos 30 espécies diferentes de plantas para fazer mudas e logo depois os plantios. “Algumas plantas que são pioneiras, aquelas que aparecem primeiro, que preparam o ambiente para outras a sucessão ecológica, a gente coleta em maior quantidade justamente por cobrir área melhor, ter mais eficiência de folhas, de galhos, crescer mais rápido, a gente coleta mais sementes para plantar mais. As plantas que têm um processo de seleção mais tardio, procuramos não plantar as sementes diretamente, fazemos mudas porque queremos que essa planta fique. Na lista tem a braúna, gonçalo alves, jatobá, angico, plantas que demoram mais a crescer, que são plantas que são muito importantes para a floresta, por isso temos um cuidado maior com elas”, pontuou.
“No primeiro momento foi um grupo formado por universitários, profissionais ligados à área da biologia, e foram feitas catalogações, estudos. Mas foi muito satisfatório. Esperamos a participação de outras pessoas que tenham interesse em fazer essa coleta conosco. Só reforçando que as pessoas devem vir vestidas com roupas mais protegidas, calçadas, tênis, botas, camisas que protejam os braços, boné ou chapéu e também tragam água para hidratação. Sabemos que mesmo sendo de manhã, precisamos de proteção porque vamos andar no meio da vegetação e também por conta do calor que está fazendo mesmo cedo do dia”, ressaltou Dauyzio.
A ideia é a criação de um banco de sementes de plantas nativas da região com o objetivo de produzir mudas, além do plantio direto no período de chuva. A ação também é educativa, pois cursos e oficinas são realizados em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Agrário de Iguatu, com a Universidade Estadual do Ceará – FECLI pelo curso de Biologia, através de professores e universitários, entre outros apoiadores.
Para mais informações basta acessar o perfil do SOS Bastiana ou do Dauyzio Silva, no Instagram.
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