Agricultores da zona rural desta cidade, do sítio Jenipapeiro, que tem áreas banhadas pelo açude Orós, esperam boa colheita do feijão-de-corda, como é popularmente chamado o grão que é mais cultivado na região. Em média a colheita rende trinta sacos de sessenta quilos por hectare de feijão. Mas apesar da boa colheita um dos fatores que dificulta o trabalho é a falta de mão de obra para colher o grão, isso porque a colheita é manual.
O agricultor Francisco Lima, apesar de otimista com a produção e valor de comercialização do produto, lamenta a falta de mão de obra, o que atrapalha o bom andamento da colheita. “Aqui tem água e terra boa. Preguiça de trabalhar a gente não tem, mas na hora da colheita, falta trabalhador. A gente não arranja ninguém, mesmo pagando bem, pagando R$ 80,00 a diária, mas não tem gente pra trabalhar”, disse o agricultor familiar.
Além da vontade de trabalhar terra e água de qualidade ajudam no desenvolvimento da produção, garantindo a safra. “Terra boa e água tem muito, a represa do Orós tá aí pra ajudar a gente. Por tarefa dá pra tirar dez saco de sessenta quilos. Trabalhando dá pra tirar muita coisa da roça. O preço agora tá até bom. A gente vende R$ 3,50 verde na vagem aqui na roça e o seco tá R$ 450,00 o saco de sessenta quilos”, disse agradecido.
No meio do sertão seco, típico desse período do ano por conta da escassez de chuvas, o
O imenso tapete verde da plantação se destaca na paisagem. A produção parte da agricultura familiar. A colheita deve ser concluída até o fim do mês que vem, quando esperam pelo próximo período de chuvas na região. Toda produção é comercializada na feira livre local, tem produção na zona rural de Icó que destina para capital Fortaleza.
O trabalho no campo não para, logo cedo, por volta das 6h, já tem gente no campo limpando, colhendo. “Por conta do sol, o tempo está muito quente e a gente começa cedinho. A tarde o sol é bem mais forte. Quanto mais cedo começar melhor pra nossa saúde”, comentou o agricultor José Eudo.
Além da bacia do Açude Orós, o cultivo irrigado de feijão-de-corda ocorre também nas várzeas de várias lagoas e do Rio Jaguaribe. A lavoura obtém bom desenvolvimento, a produção é mais garantida por acesso à água e solo de qualidade, assegurando boa safra. “O controle através da irrigação auxília na produtividade, no aumento da produtividade, no controle de praga de insetos, e no manejo em si da cultura do feijão”, explica o engenheiro agrônomo Charles Macedo.
“O forte dessa região é o feijão. De julho a outubro é o período da produção do feijão aqui na região. O mercado alvo, além de abastecer o mercado local, vai principalmente para Fortaleza. Mas, a reclamação é uma só, um dos problemas enfrentados na produção é a falta de mão de obra. Aqui a colheita é manual, não temos maquinário para colher esse feijão daqui é diferente do mulatinho, por exemplo. Aqui costumam plantar um feijão canapu, canapuzinho como costumam chamar. Não tem máquina apropriada pra fazer essa colheita aqui, por isso tem que ser manual e por outro lado, poucas pessoas querem trabalhar e isso dificulta a colheita e até a diminuição da produção no campo”, disse o técnico agrícola Aildo Oliveira.
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