Um departamento importante que foi implantado também no campus da Universidade Estadual do Ceará, Uece/Fecli em Iguatu, passou a inserir e ajudar na verdadeiramente inclusão e acessibilidade com a criação do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e mobilidade reduzida, NAAI. O núcleo e o regimento foram aprovados em 2021 pelo Conselho Universitário da Uece e atualmente tem nas unidades da Instituição tanto na capital quanto no interior cearense.
O objetivo principal do NAAI é propor e coordenar políticas e ações que garantam a inclusão, a permanência e o acompanhamento dessas pessoas na Uece. “Foi um marco em nossa universidade, onde cada campi da Uece desde que foi aprovado a implantação do NAAI, passaram a ter um nucleo que seria responsavel por promover ações de acessibilidade e inclusão sobre tudo a permanência desses alunos seja com alguma deficiência mais perceptivel, pessoas neurodivergente, atipicas, diversos transtornos ou mobilidade reduzida. Então o NAAI é esse espaço de inclusão e respeito as diferenças” explicou Diná Souza, ressaltando ainda que as ações do núcleo ultrapassam as ações desenvolvidas internamente, atingindo de modo geral toda a comunidade com participação com as mais diversas ações, desde oficinas de Libras, formação continuada, palestras, interpretações e traduções em eventos, na arte, educação cultura.
Estamos desenvolvendo ações fora da universidade, por exemplo Estivemos na Escola Lucas Emmanuel onde lá apresentações nosso nucleo e ações. “As pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida, transtornos precipam ocupar esses espaço. A UECE/Fecli traz esse diferencial com o NAAI , com esse espaço de escuta, de acolhimento e sobre tudo esse respeito aos nossos alunos com o objetivo de tentar fazer com que esse aluno permaneca durante toda sua graduação. Já atendemos demanda de pós graduação, mestrado. A inclusão ela não espera. Tem que acontecer e nós vamos fazer nossa parte o NAAI tem tentado cumprir essa parte no tocante ao atendimento”, pondera Diná explicando ainda que a demanda de atendimento do NAAI ultrapassa mais de vinte por dia. Outro ponto importante é a parceria com a CREDE 16, que são atendidos quando necessário os serviços do NAAI.
As ações desenvolvidas pelo NAAI fazem muita diferença na vida dos estudantes, Daniela Lopes, surda, cursa pedagogia UECE/Fecli (Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu. Contou que não nasceu com surda, mas com o tempo ainda na infância passou a apresentar dificuldades no aprendizado pelo dificuldade de escutar, mas não foi impedimento para ser alfabetizada, concluir o Ensino Médio, até chegar na faculdade, quando desde 2022, passou a cursar Pedagogia. Ela ressaltou a importância do NAAI na vida academica quando conta com um suporte fundamental através do núcleo.
O NAAI tem em sua equipe técnica um quadro com 40 pessoas entre diretoria, técnicos, bolsistas, e tradutores interpretes, sete no total. Joyce Bezerra, inteprete e tradutora de Libras ( Lingua Brasileira de Sinais ) destaca que teve interesse em aprender Libras, quando teve o primeiro contato com uma pessoa surda, na igreja que congrega. “Essa foi minha motivação em poder repassar a Palavra de Deus para um surdo e foi que conheci as pessoas que sabiam Libras, entre essas a professora Dina Souza, que passou a ser minha inspiração para continuar com essa luta em favor da inclusão”, disse.
Para conhecer mais sobre o NAAI, basta acessar o perfil no Instagram @acessibilidade _fecli
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