No final da tarde da terça-feira, 11, e parte da noite, moradores de ruas do Centro de Iguatu viveram horas de terror, com a densa nuvem de fumaça de invadiu ruas como José de Alencar, Ruy Barbosa, 13 de maio, Perimetral, Agenor Araújo, Floriano Peixoto e outras artérias. A fumaça era oriunda do lixão de Iguatu, bairro Chapadinha, carregada pelo vento.
Moradores dessas áreas com idosos e crianças recém-nascidas em casa viveram momentos de aflição e medo com os problemas infecto-respiratórios causados. Os efeitos da fumaça permaneceram até tarde da noite. Alguns tiveram que recorrer ao uso de aerossol para minimizar os excessos de tosse e cansaço.
Não é a primeira vez que isto ocorre em Iguatu e as causas a população já conhece. O lixão do bairro Chapadinha por estar localizado num terreno de nível mais alto em relação ao Centro da cidade, quando ocorre maior incidência de queima do gás metano, produzido a partir do acúmulo das camadas de lixo, gera a fumaça que acaba sendo levada para as áreas mais baixas. Outro fator agravante é que a fumaça, além de ser muito tóxica está carregada de metrais pesados e com as correntes de vento acaba indo cobrir áreas do centro da cidade gerando muitos transtornos e danos à saúde das pessoas.
Na noite da terça-feira, em algumas ruas do centro era possível visualizar, através da iluminação pública, a cortina de fumaça formando o efeito de um véu nos feixes de luz. Ainda por volta das 1h da manhã da quinta-feira, 13, ainda era possível sentir o forte odor da fumaça. O lixão da Chapadinha, pela sua localização, e por ser um problema antigo, sem solução definitiva é um dos grandes problemas de saúde pública enfrentados pelo município.
Os carregamentos de lixo levados para o aterro improvisado, depois que os catadores retiram os materiais recicláveis, vão formando as camadas de matéria orgânica produzindo o gás metano, que com a temperatura do calor do sol durante o dia, ocorre a combustão à noite pegando fogo e espalhando a fumaça tóxica no ar. Quando as correntes de vento estão mais fortes e a fumaça é mais volumosa, acaba sendo levada cobrindo o Centro e áreas adjacentes da cidade, como ocorreu na noite da terça, 11.
Sem resposta
A reportagem procurou a Secretaria de Meio Ambiente do município para se posicionar sobre o fato. O secretário titular da pasta se comprometeu de enviar nota até a quinta-feira, 13, mas até o fechamento da edição a nota não foi enviada. A reportagem ainda tentou falar com o secretário na noite desta sexta-feira, 14, por meio de contato do WhatsApp, mas ele não respondeu as mensagens.
0 comentários