O aumento de DSTs entre jovens brasileiros

21/09/2019

Vanessa Lacerda Couras de Carvalho*

Artigo

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) vêm crescendo no Brasil de maneira espantosa e alarmante, causando repercussão no âmbito da saúde e da sociedade. Desse modo, surgem dúvidas e indagações, para que se encontrem soluções emergenciais e eficazes para o problema, visto que essas doenças podem causar diversas consequências, não apenas na região genital, mas sequelas graves e crônicas no sistema nervoso central e até a morte. Sabe-se que o elevado índice de DSTs está intimamente ligado à carência de educação sexual, além da dificuldade de acessibilidade por parte da população mais carente de saúde pública.

As DSTs englobam várias doenças, dentre elas pode-se destacar: sífilis, AIDS, gonorreia. Independente da orientação sexual, classe social, raça, faixa etária, a contaminação pela ausência de preservativo – principal método preventivo – é o fator primordial para o aumento exacerbado de casos.

Pode-se ressaltar que a maior prevalência dos casos infectados engloba os jovens que estão na faixa etária entre os 20 e 29 anos, segundo uma pesquisa realizada pela Secretária de Saúde do Estado de São Paulo no ano de 2017. Mencionar sobre o tema sexo ainda gera bastante repercussão entre muitas famílias e essa ausência de diálogo repercute negativamente na prevalência das DSTs, ademais grande parte das escolas não possuem matérias específicas para abordar o tema. Para o filósofo e matemático Pitágoras: “Deve-se educar as crianças, para que os homens não sejam penalizados”.

Outro fator que merece destaque é o pequeno número de equipes de saúde especializado em DSTs. Profissionais que não recebem capacitação específica acabam despreparados para explanar sobre o assunto, bem como tratar.

Dessa forma, é de fundamental importância que o Governo Federal enfatize campanhas preventivas durante todo o ano, com a utilização de propagandas, panfletos, folders, mídias virtuais, além da implantação no âmbito escolar de matérias específicas de orientação sexual. Ademais, as escolas devem realizar debates, discussões de forma lúdica e clara sobre as DSTS; orientando também os familiares, para que estes desmistifiquem sobre o tema sexo e passem a participar de maneira mais efetiva na vida dos jovens.

A prevenção só se torna eficaz, quando se torna claro o problema.

*Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Integrada do Ceará Especialista em Geriatria e Gerontologia e Desportiva

Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte

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