Patativa tinha razão quando disse que o que mais dói “É ver os votos de um país inteiro, / Desde o praciano ao camponês roceiro, / Para eleger um presidente mau”. O povo brasileiro do sertão e da cidade, os filhos do Nordeste, os “cabra da peste”, todos aqui padecem.
Pois bem, esses versos de Patativa do Assaré estão no poema O que mais dói, no livro Inspiração Nordestina publicado em 1956. O poeta descreve muitas dores, mas a maior, a que “o peito nos oprime / e nos revolta mais que o próprio crime” é eleger um presidente mau.
Dói, profundamente, saber das mais de quatrocentas mil mortes no Brasil por Covid-19. Dói muito ver o alarmante número de 39,9 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil, segundo dados do Ministério da Cidadania. Dói constatar que há 14,4 milhões de pessoas desempregadas atualmente no Brasil, dados do IBGE. Dói ainda ver tantos moradores de rua, mendigos, doentes. Dói, demasiadamente, ter na nação brasileira um presidente mau. Dói saber que alguns vereadores da cidade de Iguatu deram um título de cidadão ao presidente do Brasil Jair Bolsonaro.
Que momento difícil! Na condução do Brasil há um presidente despreparado, desumano, irresponsável, imoral. Por ter no governo um homem mau, vive-se o pior de todos os massacres. Quem é mau, planeja destruição. Estamos perdendo nossos amores, nossa terra está enlutada. Os que não morrem de covid, morrem de infarto, de fome, suicídio… Não há coração forte para tanta dor.
Veja e repara, o BRASIL está agonizando. Um presidente movido pela ruindade e indiferença conduz a nação e muitas pessoas o seguem e o aplaudem. É estranho quando alguém aplaude seu próprio algoz e sente orgulho disso. É inaceitável conceder uma cidadania a quem decreta a morte.
O medo de não ter o amanhã está estampado na cara de todos nós. Se ainda temos um pouco de tempo e ar nos pulmões, ergamos nossas VOZES. Provoquemos um eco gigantesco de estrondar toda a Terra para dizer que a gente quer viver e espera o AMANHÃ.
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