Observatório

06/07/2019

“E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do SENHOR, na excelência do nome do SENHOR seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra. E este será a nossa paz”. Miquéias 5:4-5

Vandalismo oficial

Ridículo. Infame. Desrespeitoso. Cafona. Rasteiro. Subserviente. Ignorante. A que ponto chegamos? Quando se imagina que o pior não pode acontecer, eis que a ausência do bom-senso mostra sua face mais nefasta. Quem teve a ideia asinina de modificar o símbolo idealizado pelo talentoso arquiteto e urbanista iguatuense Wilson Maia que traz à tona a memória do agricultor no cultivo do algodão, o nosso “ouro branco” que tanta riqueza gerou a Iguatu e região? Os logradouros públicos são marcas da cultura, da história, da memória de um povo. Mudá-los só se for por uma causa nobre, justificada pelo diálogo com a população a fim de avaliar os impactos para as novas gerações para que não percam a sua identidade e a do lugar onde habitam.

Vandalismo desafinado

O ato desmedido e insano além de ferir a memória e o obelisco, provoca o Ministério Público a tomar atitude, visto que o aberrante letreiro ali afixado remete a slogan da administração municipal, totalmente desproporcional ao desempenho até aqui apresentado, o que invalida o tal do “novo tempo” que assume caráter pejorativo. Sem falar na agressão ao contexto em que foi inserida a figura do agricultor na praça que homenageia um dos maiores maestros de todo o mundo, o iguatuense Eleazar de Carvalho. Sinceramente, quem idealizou a mudança e a executou, desafinou solenemente. Pode ter a certeza de que será lembrado pela história no anedotário como mais um daqueles casos jocosos que fazem as futuras gerações duvidar de que realmente aconteceu, por ser algo tão absurdo.

Abandono

Enquanto se preocupa com picuinhas e futricas, a administração municipal esquece o essencial. Na edição 952, há três semanas, publicamos aqui a situação de abandono de diversos bairros de Iguatu, especialmente o Bugi. Cansados de esperar pelo serviço público que não vem, moradores pagam do próprio bolso por serviços negligenciados pela Prefeitura. O pior é que nem a poda é recolhida, gerando oportunidade para os incendiários que ateiam fogo no mato seco, incomodando moradores e prejudicando a saúde de crianças e idosos que sofrem com a fumaça que invade casas.

Matagal

Nas fotos, não é paisagismo, não é grama que foi plantada. Também não é zona rural. É mato e podas invadindo as ruas, abrigando insetos, proliferando doenças. Falta pouco para impedir o tráfego de pedestres e veículos.

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