“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
Mateus 11:28
Maestro Mano, adeus e muito obrigado
Nesta semana, Iguatu perdeu um de seus mais ilustres filhos, ainda que discreto, mas com trabalho social, educacional e notadamente cultural imensurável. Maestro Francisco Prudêncio de Oliveira, ou simplesmente Mano, porque a simplicidade lhe era peculiar. Conheci Mano nos anos 1990, no então Colégio São José, da congregação da Filhas de Santa Teresa, instituição que prestou relevantes serviços educacionais por mais de 75 anos. A diretora era a irmã Lígia Rangel, educadora firme, mas de enorme coração. Mano a procurou e propôs a concessão de bolsas de estudos a integrantes da Banda Municipal Maestro Manuel Ferreira Lima, por ele regida. Irmã Lígia aquiesceu e vários jovens carentes cujas famílias não podiam arcar com as mensalidades tiveram a oportunidade de estudar naquela tradicional e conceituada casa de educação. Depois nos encontramos em diversas outras oportunidades, quando em eventos e comemorações ele, com profissionalismo, elegância, talento e mansidão nos presenteava ao lado de seus regidos com apresentações da banda municipal. Mano ainda marcou definitivamente a história do também conceituado e tradicional Centro Educacional Ruy Barbosa, quando deu forma à ideia do professor Vêber Andrade, acatada pelo inesquecível Dr. Edson Gouveia, e tornou-se professor e maestro da Banda de Música Manoel Vêber Andrade, da escola cenecista, ensinando notas musicais, sons, ritmos, harmonia e principalmente valores. Sua história é inspiradora. Sua vida foi uma sinfonia, uma marchinha, um xote, um baião, todos os ritmos, sem jamais perder o compasso. Sua existência foi marcada por servir. Sua obra é indelével. Obrigado, maestro. Iguatu não pode e nem deve ignorar seu legado, pelo bem da nossa cultura, pela sobrevivência e valorização da nossa história. O dobrado agora é no céu.
Educação de valores
Alunos da escola Modelo de Iguatu se mobilizaram para ajudar um de seus professores cuja filha recém-nascida é portadora de intolerância aguda à lactose. Instigados pela direção e coordenações, os estudantes fizeram cotas e compraram mais de 15 latas de leite especial, sem lactose, que custa R$ 220,00 a unidade. A ação em si revela o que há de mais humano nas pessoas: solidariedade e empatia. A atitude dá ânimo aos educadores e pais porque demonstra que na escola não se ensinam apenas conteúdos e fórmulas, mas também valores, que são muito mais importantes que notas no boletim. A comunidade escolar pode se orgulhar da proatividade demonstrada.
Queimadas na Amazônia
Um grupo de 52 organizações da sociedade civil enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro reagindo às declarações dele de que ONGs podem estar por trás de queimadas da Amazônia. Na carta aberta, que foi entregue ao Palácio do Planalto, as organizações que fazem parte do Pacto Pela Democracia afirmam receber com indignação as falas do presidente. E ressaltam que atribuir a terceiros a autoria de eventos pelos quais se é responsável é uma prática tão comum quanto nefasta. O coordenador-executivo do Pacto pela Democracia, Ricardo Borges Martins, avalia que as declarações de Bolsonaro estão equivocadas ao colocar as organizações como inimigas do interesse público. “Infelizmente, isso tem sido frequente, o que revela um entendimento do presidente de que a sociedade civil não tem muito a contribuir, atuaria apenas para minar o seu governo, o que é um entendimento torpe. A sociedade civil está para ajudar governos a trabalhar políticas para o bem público”. Segundo Borges, as falas de Bolsonaro criam na sociedade sentimento e opinião contrária às organizações, prejudicando suas atividades.
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