Observatório

07/03/2020

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas”. Provérbios 3:5-6

Colapso

Apesar das chuvas que banham Iguatu, a situação do açude Roberto Costa, Trussu, é demasiadamente preocupante. O nível já atingiu o volume morto. Para piorar, o município voltou a captar água do açude para o abastecimento das casas. Mesmo tendo equivocadamente sido propagada do João Paulo II ao Altiplano, do Bugi à Vila Neuma, além da zona rural, a descoberta de um aquífero transformou-se em pesadelo, pois a qualidade da água fornecida manchou a reputação do prefeito, que já não era das melhores, como gestor municipal. Não se sabe se foi incompetência ou descaso. O certo é que a imagem do prefeito entrou em colapso, desgastando ainda mais a administração e quase sepultando suas pretensões de concorrer à reeleição. A dúvida cruel é decidir por abrir ou fechar a torneira.

Descaso

O inverno se apresenta promissor e paradoxalmente traz esperança e desespero aos iguatuenses. A esperança povoa os sonhos dos agricultores desejosos de chuvas para a produção, e anima os que anseiam pelo aporte do açude Trussu. O desespero aflige a população do centro e da periferia que é atingida por alagamentos, mesmo com chuvas de baixo volume. No centro da cidade, não foi feita limpeza preventiva dos esgotos e das bocas de lobo. O descaso tem como consequência áreas empoçadas, além de lixo e podas não recolhidos, propícias à proliferação de insetos e de doenças.

De propósito?

O fato da não desobstrução de galerias pluviais e de esgotos pode ser estratégia para propagar a necessidade da execução de obras de saneamento básico na cidade. Evidente que tal intervenção é urgente, ainda mais com a possibilidade de o município contrair empréstimo milionário para o projeto sair do papel.

Setor elétrico: liberdade de escolha e economia na conta

A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou o novo marco regulatório do setor elétrico (PLS 232/2016), que permite que todo consumidor tenha acesso ao mercado livre de energia em um prazo de 42 meses após a sanção. Pela proposta, quem utilizar cargas superiores a três mil quilowatts (kW) de energia terá a opção de escolher o fornecedor. Com o aumento da concorrência, espera-se uma redução no valor da conta de luz. A mudança na legislação prevê o crescimento de fontes limpas na matriz energética, como eólica e solar. O projeto reorganiza o setor elétrico, que passa a oferecer mais segurança e competitividade ao mercado, ao mesmo tempo que garante liberdade, preços justos e economia ao consumidor.

Violência contra a mulher

Numa comparação internacional, o Brasil está no ‘hall’ dos 140 países que possuem leis que punem, de alguma maneira, a violência contra a mulher. Isso representa dois terços das nações. Levantamento divulgado essa semana pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que, embora o número de homicídios dolosos de mulheres tenha diminuído no ano passado no país (queda de 14,1%, 3.739 casos), o de feminicídios aumentou 7,3% (1.314 mulheres casos, uma mulher a cada sete horas). Desde 2015, a legislação mudou no Brasil e passou a prever penas mais graves para aqueles homicídios que estejam ligados à discriminação da mulher. Segundo dados da ONU Mulheres, os países que mais denunciam os crimes de violência contra a mulher são os Estados Unidos e os da Europa Ocidental, justamente aqueles que possuem leis mais protetivas.

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