Observatório

11/05/2019

“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas enfermidades”. Salmos 103:2-3

AVANÇO: quase 90 mil indígenas ingressaram no ensino superior desde 2010

Enquanto o total de ingressantes no ensino superior brasileiro avançou 48% desde 2010, a entrada de estudantes de origem indígena nas faculdades brasileiras deu um salto de 842% no mesmo período. O dado foi apurado pelo Quero Bolsa, plataforma para inclusão de alunos no ensino superior com bolsas de estudo, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A pesquisa foi realizada às vésperas do Dia do Índio, 19 de abril. Segundo o levantamento, em 2010 ingressaram 2.723 alunos que se declararam indígenas. Em 2017, dado mais recente disponível, foram 25.670. A participação da etnia passou de 0,12% do total de alunos ingressantes para 0,79%, com pico de 0,87% em 2016. Por outro lado, a permanência dos indígenas no Ensino Superior ainda é um desafio. Eles esbarram em questões como dificuldades linguísticas, preconceito e problemas financeiros – já que muitos estudantes passam a conviver com despesas que nunca tiveram na vida, como gastos com moradia e alimentação.

RETROCESSO: cortes no MEC afetam todas etapas da educação

O Ministério da Educação (MEC) já bloqueou R$ 5,7 bilhões, cerca de 23% de seu orçamento discricionário (não obrigatório), cortando verbas direcionadas a todas as etapas da educação. O congelamento de recursos compromete R$ 2,1 bilhões das universidades. Os cortes chegaram também à educação básica, apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como prioridade. Apesar das declarações oficiais, a etapa perdeu pelo menos R$ 914 milhões em políticas específicas para seu desenvolvimento. Os valores que já constam no sistema interno do governo como bloqueados foram levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados. Somente do programa de apoio à infraestrutura de escolas do ensino básico, foram congelados R$ 273,3 milhões, cerca de 30% do total destinado. A verba é usada na manutenção, reforma e mobiliário das unidades escolares. Outros R$ 132,6 milhões alocados para apoiar essa etapa escolar também foram cortados pelo MEC. Nem iniciativas específicas para as creches e pré-escolas escaparam dos cortes: R$ 15 milhões estão congelados do programa de manutenção da educação infantil (15,7% do total programado).

15 de maio: Greve Nacional da Educação

Nesta sexta-feira, 10, foi realizada reunião de articulação com representações dos centros acadêmicos do IFCE-Iguatu, UECE e URCA, e SINDIUECE para definir as atividades unificadas da Greve Nacional da Educação, quarta-feira, 15 de maio. As atividades definidas são manifestação pelas ruas do centro da cidade, a partir de concentração na Praça da Caixa Econômica, às 8h; caminhada até a Praça da Matriz. À noite, aulão na Rua Dário Rabelo, em frente ao Campus Humberto Teixeira, com concentração às 19h, seguindo em “cortejo fúnebre da educação” até a Praça da Matriz.

Defensores Públicos rebatem afirmação de Bolsonaro sobre racismo

“Afirmar que o racismo é raro no Brasil é desconhecer o preconceito enfrentado por mais da metade da população negra brasileira, que luta todos os dias por seus direitos e contra o retrocesso”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais do Brasil (Anadef), Igor Roque. O posicionamento da entidade é uma resposta às declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, que afirmou durante uma entrevista a um programa de TV que o racismo “é uma coisa rara no País”. Para a Associação – que representa mais de 600 defensores e defensoras federais no Brasil – tal afirmação vai contra a luta história no combate ao racismo e ignora importantes dados e estatísticas. Em 2017, a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad) apresentou o alto índice de desigualdade na renda média do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos. O desemprego também é fator de desigualdade: a PNAD do 3º trimestre de 2018 registrou um desemprego mais alto entre pardos (13,8%) e pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%).

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