O número de pacientes adultos internados em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19 aumentou significativamente em janeiro, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Iguatu. Conforme as autoridades de vigilância em saúde, a alta reflete em parte o crescimento rápido de casos da nova variante Ômicron no país, e levemente se assemelha ao que ocorreu no começo de 2021, quando explodiu a segunda onda da pandemia.

O mês de janeiro iniciou com uma única ocupação nas UTIs de paciente com Covid-19 em estágio agravado da doença. Até esta sexta-feira, 28, o número subiu para sete. O número de ocupações de pacientes no mesmo período do ano passado era de 22 leitos ocupados, e nesse mesmo período a cidade havia somado seis mortes. Na época o município ainda iniciava seu plano de imunização.

A cidade registrou em 2022 cinco mortes até ontem (28 de janeiro). A pasta detalhou que as evoluções em decorrência da doença eram de um paciente com três doses; três com duas doses e um sem nenhuma dose tomada.

HMAA

Os profissionais de Saúde destacam a importância da vacinação a favor de um cenário menos pior do que em 2021. “O número de altas das UTIs é maior do que se comparado   ao pico da segunda onda. A vacina tem contribuído para isso”, destacou Edeíza Ataliba, diretora do Hospital e Maternidade Agenor Araújo (HMAA). A unidade oferta 10 leitos de alta complexidade, exclusivos para pacientes acometidos com a doença e é o único da cidade como porta de entrada para o serviço em saúde.

HSV

Os 10 leitos de UTIs do Hospital Regional de Iguatu (HRI) seguem para o atendimento clínico geral. Nessa semana o estado divulgou renovação de convênio com Hospital São Vicente (HSV) na reabertura dos ‘leitos-covid’ via SUS. “Diante dos casos de pacientes em estágio agravado de pacientes com síndromes gripais, vamos voltar a lutar essa guerra e no final vencer. Apesar do número alto de casos, os pacientes que entram nas UTIs logo têm alta, a vacina é a grande responsável por isso”, avaliou Márcio Rodrigues, diretor do hospital.

O mês de janeiro iniciou com uma incidência do número de ativos. Mais de 600 pessoas estão acometidas com o vírus em Iguatu. Dados só vistos em agosto de 2020.

O secretário de Saúde, Fernando Wilson Fernandes, destacou o avanço de outra doença: a gripe. Segundo ele, houve um aumento significativo de casos leves de Covid-19, com crescimento maior da ocupação das enfermarias que das UTIs, mostrando um avanço da Ômicron, que costuma ser mais branda. “Normalmente a gripe nossa acontece em fevereiro. Houve uma mudança. Ela passou quase dois anos sem circular. À medida que a Covid-19 ficou mais tranquila, com o avanço das vacinas, a gripe começou a ocupar o espaço. A gripe voltou no final de novembro. A expectativa é que no fim de fevereiro, a situação fique mais tranquila conforme os estudiosos. Quanto à Covid, ainda não é possível apontar quando estejamos sob controle, mas é sempre necessário avançar ainda mais na vacinação” destacou.

UTIs pediátricas

O gestor da cidade, Ednaldo Lavor (PSD), afirmou em suas redes sociais que articula a autorização para o funcionamento de 10 leitos clínicos pediátricos – Covid/SRAG e 20 leitos clínicos adultos – Covid/SRAG.

Os leitos foram disponibilizados pelo Hospital Regional de Iguatu, após reestruturação da sua capacidade, para atendimento de casos de Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave. “As doenças apresentaram considerável escalada no número de infectados, e visamos garantir atendimento para todos”, disse.