Por Stephannya Amaral (Estudante)
A saúde brasileira precisa debater e discutir os efeitos da automedicação na sociedade, uma vez que o uso incorreto de medicamentos traz mais malefícios do que a dedução imediata dos sintomas. Isso ocorre porque aprendizes na fisiologia humana acreditam que determinado remédio pode ser usado por qualquer indivíduo.
Nesse contexto, é perceptível que a ineficiência do sistema de saúde pública no Brasil e a aceitação de conselhos de pessoas que tomaram determinado medicamento e tiveram resultados positivos influenciam no ato da automedicação. A falta de infraestrutura dos hospitais e postos públicos, como a escassez de médicos para tamanha quantidade de pacientes, concede a estagnação dos atendimentos, que demoram horas. Assim, a população acredita que é prático e eficaz se deslocar à farmácia, relatar os sintomas e comprar o remédio proposto pelo farmacêutico.
Outrossim, convém lembrar as consequências ao organismo por causa da automedicação. Os remédios são compostos por várias substâncias que, geralmente, o consumidor não tem conhecimento de como funciona seu metabolismo. Contudo, um médico capacitado o possui, e é por esse motivo que é importante a prescrição sob orientação desse profissional, já que o uso de medicamentos em quantidades e horários errados pode propiciar a intensificação dos sintomas.
Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde promova campanhas e propagandas nos meios de comunicação, com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre os riscos da automedicação. Ademais, as farmácias só devem vender qualquer medicamento com a apresentação do receituário médico. Por último, o Governo deve fiscalizar a ação das farmácias quanto à venda de remédios sobre prescrição, para impedir o ato da medicação própria.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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