Por Gustavo Barbosa (Estudante)
O seriado norte-americano “House”, criado e escrito pelo canadense David Shore, traz à tona muitos questionamentos a respeito do uso indiscriminado de medicamentos. A série se passa na cidade de Princeton, nos Estados Unidos, e levanta críticas acerca da automedicação inadequada dos norte-americanos, o que muitas vezes causa o agravamento do problema combatido pela falta de instrução médica.
No Brasil, dados do Conselho Federal de Medicina indicam que 77% dos brasileiros fazem o uso de medicamentos sem qualquer orientação médica. Mas, especificamente nesse momento de pandemia, a automedicação pode comprometer a saúde, tornando a pessoa ainda mais vulnerável aos riscos da contaminação pelo vírus da COVID-19.
Nessa perspectiva, os riscos e consequências da automedicação e do uso indiscriminado de medicamentos podem levar ao autodiagnóstico incorreto, interações medicamentosas perigosas, erros tanto na administração, quanto na dosagem e na escolha incorreta da terapia, podendo mascarar uma doença grave, além de haver o risco de dependência e abuso. Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos durante um longo prazo pode promover resistência a patógenos e consequentemente a ineficácia do tratamento em infecções futuras.
Dessa forma, é imprescindível que todos se conscientizem de que a automedicação deve ser feita de forma minuciosa e consciente. Ademais, é fundamental que órgãos governamentais como a ANVISA e o Ministério da Saúde promovam mais campanhas publicitárias, palestras e trabalhos educativos a fim de quebrar o paradigma de que o conhecimento popular valha mais que o parecer d um profissional. Assim, à medida que o Estado, por meio de seus órgãos competentes, exercer intensa fiscalização em farmácias, laboratórios e centros de distribuição farmacêutica, e a população se informar e se conscientizar, não haverá mais tão altos índices de problemas e mortes ocasionadas pela automedicação.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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