Por João Vítor Pereira (Estudante)
Em 2020, o caso “Bel para Meninas” tomou a atenção do Brasil após usuários das redes sociais denunciarem a mãe da adolescente Bel, de treze anos, por postar vídeos que submetiam a menina a situações constrangedoras. Condições como essa vêm se tornando cada vez mais frequentes, descortinando o perigo da exposição de menores de idade na internet, um tema recorrente de debate, devido à falta de supervisão dos pais, além da imaturidade dos jovens.
A princípio, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que velar pela dignidade da criança e do adolescente, salvando-o de situações desumanas, vexatórias e constrangedoras, é dever de todos. Nesse contexto, e com a crescente relevância das redes sociais na vida das pessoas, a supervisão dos responsáveis é essencial para que as crianças não entrem em sites inapropriados. Além disso, ao postarem fotos e vídeos, a atenção de pedófilos é atraída, e eles poderão entrar em contato com os menores de idade, e estes, por falta de instrução, correrão o risco de expor sua intimidade.
Outro fator que aumenta os perigos da internet é a imaturidade dos jovens ao explorarem-na. Em 2016, surgiu o jogo “Baleia Azul” na Rússia, e nele os adolescentes seguiam uma série de desafios que incentivavam os jogadores a mutilarem-se. Logo, por não possuírem o discernimento de o quê porá sua segurança em risco, colocam-se à disposição de competições on-line que comprometem sua privacidade.
Tendo em vista o que foi apresentado, medidas devem ser tomadas. O Governo Federal, órgão de maior poder, por meio do Ministério da Família, unido à mídia, precisa promover campanhas publicitárias nas redes sociais, incentivando a supervisão dos responsáveis sobre os perfis das crianças e adolescentes. Tal ação ocorrerá pelas publicações em páginas nas plataformas digitais, promovendo o diálogo. Ademais, as escolas devem realizar palestras sobre os riscos da internet para a vida dos jovens, a fim de que estes adquiram maturidade ao navegar nesses meios. A partir disso será possível prevenir que casos como o da adolescente Bel se repitam.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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