Os riscos e as consequências da nomofobia

14/11/2020

Victória Elói (Estudante)

No filme “Aladdin”, o protagonista tem direito a três desejos, sem nenhuma limitação, que são consumados pelo Gênio da Lâmpada, o qual concede tudo o que é pedido com muita facilidade. Em virtude disso, tais pedidos trazem sérias consequências ao Aladdin, que cria atos impulsivos e inconsequentes com tamanho poder. No mundo real, os celulares se assemelham ao Gênio, proporcionando disposição a nossa vida e instigando a nomofobia, o uso vicioso dos aparelhos virtuais. Logo, atrai riscos como doenças cognitivas.

Antes de mais nada, doenças mentais, como ansiedade e depressão se originam em um indivíduo mediante a condição desse se restringir somente ao mundo virtual, pois o excesso de atividade on-line e muitas informações concedidas pelos ambientes virtuais, supera a capacidade humana de processamento, tendo a angústia como efeito colateral. Encaixa-se, então, o pensamento do general do exército dos EUA, Omar Bradley: “Se continuarmos desenvolvendo nossa tecnologia prudência, nosso servo pode se tornar nosso carrasco”. Enfim, nossa irresponsabilidade quanto ao uso da internet torna os instrumentos digitais em armadilhas.

Por conseguinte, a utilização intensa dos celulares acaba armazenando muitos dados individuais e fazendo com que os internautas acessem sites e perfis perigosos, por impulsividade e seleção irracional. Desse modo, é anulada a blindagem contra crimes cibernéticos, havendo o risco de ocorrer golpes financeiros e morais. Segundo o relatório de cibercrime de 2012 da Norton, empresa de segurança virtual, dois em cada três internautas adultos já foram vítimas de crimes cibernéticos, geralmente causados por descuidos. Essa distração é gerada pela má administração da internet pelas pessoas, seja por usar Wi-Fi públicos, acessar links suspeitos ou por aceitar como amigos nas redes sociais indivíduos desconhecidos. Essas ações feitas de maneira compulsória expõem os usuários à atuação de hackers e pessoas mal-intencionados.

Como há conflitos, são necessárias ações no intuito de impedir que os instrumentos digitais se tornem armadilhas, por isso o Ministério da Saúde, em conjunto com as plataformas virtuais, deve desenvolver políticas mais eficazes para instruir as pessoas sobre o uso vicioso dos celulares e de outros aparelhos, deixando explícito o surgimento de doenças e desequilíbrio emocionais como efeito. Ademais, para precaver os prejuízos causados pelos hackers na internet, cada integrante da comunidade virtual pode aderir precauções, como estabelecer limites para acessar à web, a fim de desestimular seu uso compulsório e melhorar a conduta quanto à segurança individual. Então, diferente do Aladdin, o poder humano será bem empregado.

*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte

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