Incentivar o empreendedorismo feminino foi o que levou Giovanna Queiroz Santos, 20, a criar um perfil de apoio exclusivo para empresárias de qualquer ramo. O @juntaspodemosiguatu divulga o serviço de quem por vezes precisa enfrentar um mercado de trabalho com poucas oportunidades. Em uma semana, o perfil no Instagram já ajudou mais de 60 empreendedoras. Além do machismo, a jovem quer desmistificar a rivalidade entre as concorrentes.
Nada é cobrado pela voluntária que é pré-vestibulanda e quer cursar Direito. O objetivo, segundo ela, é fomentar os negócios locais e dar voz às mulheres que precisam de reinvenção na pandemia, ou que queiram transformar hobbies em uma profissão. “Como feminista, busco ajudar mulheres a conseguirem mais clientes e mais espaço no mercado de trabalho”, disse a baiana que mora no Ceará há oito anos.
Mesmo em pouco tempo, algumas mulheres já disseram que através do projeto conheceram outros estabelecimentos e passaram a apoiar umas às outras também. O processo para adesão à rede é simples: a partir do primeiro contato no Instagram, são solicitados detalhes do produto ou serviço, um número de telefone e fotos do que é oferecido. Um post de apresentação do negócio é afixado no feed, em arte criada gratuitamente se preciso. “É amplo, para qualquer área. O requisito é ser um negócio de mulher(es) e residir em Iguatu. Para participar, é só me mandar a profissão e a logomarca, e eu divulgo na página e se encaixa nos requisitos”, afirmou.
Em uma semana de perfil na rede social, quase 1 mil contas foram alcançadas e se aproxima da marca de 500 seguidores. “A inspiração surgiu do desejo de ajudar. Como mulher, negra e LGBTQIA+, senti que deveria fazer alguma coisa para ajudar a mulheres, e no momento, foi o que pude fazer, mas desejo ampliar cada vez mais, e futuramente ajudar financeiramente essas mulheres”, acrescentou Giovanna que sonha em criar uma ONG voltada para as mulheres.
Serviços
Entre os serviços, destacam-se os de estéticos, de moda, fotografia, arquitetura, decoração, mas há ainda nutricionista, advogados, psicólogas, além de outras profissionais.
O fenômeno da entrada maciça de mulheres no terreno do empreendedorismo, que até pouco tempo atrás era majoritariamente liderado por homens, pode estar relacionado aos dados apresentados pelo Governo Federal que dão conta de que três em cada quatro lares brasileiros são hoje chefiados por mulheres – 41% têm o próprio negócio. Eles, geralmente, são voltados para varejo e serviços.
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