A Polícia Civil de Iguatu trabalha nas investigações de um homicídio ocorrido no último final de semana, da noite da sexta-feira, 21, para a madrugada do sábado, 22, ocorrência registrada nua rua de acesso ao bairro Alto do Jucá. A vítima do crime é Francileudo da Silva Souza, 40, o acusado, um policial militar, Ramon Lima, lotado no POG-Policiamento Ostensivo Geral, do 10º Batalhão da Polícia Militar em Iguatu.
De acordo com o que foi apurado até o momento pela Delegacia de Polícia Civil, um desentendimento entre vítima e acusado foi o estopim da morte. A vítima, atingida por um disparo de arma de fogo no abdômen, foi socorrida para a emergência do Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
O delegado Wesley Alves Araújo, que preside o inquérito, informou que as primeiras investigações apontam para um desentendimento entre o PM e o lavador de carros. Ele informou que cerca de 15 pessoas foram ouvidas até agora no inquérito. Um dos depoimentos mais aguardados era da mãe da vítima, que compareceu na quinta-feira, 27, e foi ouvida pelo delegado. Ele confirmou que o filho era usuário de drogas e dependente de bebida alcóolica. Ainda de acordo com o delegado, a polícia recolheu imagens de câmeras de segurança do local para auxiliar nas investigações e evitar que essas imagens fossem adulteradas ou extraviadas. O delegado Wesley Alves informou que a vítima portava uma arma de fogo que foi recolhida para a perícia.
A ocorrência
Segundo o delegado, o acusado alegou, em depoimento, que agiu em legítima defesa. Ramon contou que estava com dois familiares tomando caldo no ponto comercial, quando a vítima, que segundo a polícia era usuário de drogas, chegou pedindo dinheiro. O PM disse que pediu que Francileudo se retirasse do local. Este se retirou, mas retornou e ficou arremessando pedras na direção das pessoas. Neste momento houve nova discussão e o policial efetuou o disparo que atingiu a vítima. O delegado informou que a Polícia Militar foi acionada, compareceu ao local e fez o socorro da vítima para o hospital.
De acordo com o que foi apurado e com base no depoimento do acusado, ele teria agido em legítima defesa. De acordo com o delegado, ao final das investigações, o acusado poderá ser indiciado por homicídio doloso. Em relação à corporação a qual o PM faz parte, dependendo também do desfecho do crime, ele poderá sofrer as sanções penais cabíveis.
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