Foi presa, pela Polícia Civil, a mulher de 44 anos acusada do crime de tentativa de feminicídio contra uma adolescente de 15 anos, crime ocorrido no último dia 25 de julho no Mercado Público de Iguatu, Av. Agenor Araújo, Centro da cidade. A adolescente, acompanhada da mãe, foi falar com o pai, Cláudio Uchôa, que trabalha no local, quando foi agredida à faca pela esposa dele. A mãe da adolescente que acompanha a filha também foi agredida.
Segundo a polícia, a mulher estava numa residência no bairro Flores e não resistiu à ação policial. A prisão aconteceu na segunda-feira, 29, por força de um mandado de prisão preventiva contra ela. A ordem judicial foi expedida pelo Juizado Especial da Comarca de Iguatu, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
Acusada foi levada para a Delegacia Regional de Polícia Civil, onde foi ouvida pelo delegado plantonista, em seguida encaminhada para unidade prisional na região. No meio de semana ela foi para audiência de custódia com o juiz, que resolveu manter a prisão.
A adolescente vítima das agressões que foi socorrida para o Hospital Regional de Iguatu, após passar por cirurgia já recebeu alta e se recupera em casa ao lado de familiares.
O caso está sob a investigação da Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu. A delegada responsável pelo inquérito, Dra. Francisca Aguiar Nascimento informou que vai concluir o inquérito em relatório que será encaminhado para a Justiça.
Impulso
Quando prestou depoimento à polícia, a acusada relatou que agiu por impulso da emoção. Ela disse que havia ido ao mercado para falar com o esposo e ao se deparar com a adolescente e a mãe dela teve um momento de descontrole emocional, o que acabou resultando nas agressões. A acusada disse que só percebeu que havia lesionado a adolescente após ser contida pelo esposo e populares que estavam no local.
Se a acusada for a júri popular e for condenada, a pena prevista varia entre 12 a 30 anos. De acordo com o Código Penal Brasileiro, que recentemente foi modificado, pela Lei 13.104/2015, o crime de feminicídio foi incluído no rol dos crimes contra a vida. Trata-se de uma nova forma qualificada do crime de homicídio que tem como pena a reclusão, de doze a trinta anos.
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