Na manhã desta sexta-feira, 15, numa operação conjunta das polícias Civil e Militar foram fechados abatedouros clandestinos que funcionavam na localidade de sítio Araras, próxima ao bairro Vila Moura. A operação contou com a presença do delegado Wesley Alves Araújo e do coordenador da Vigilância Sanitária, Samuel Bezerra. Vários policiais civis e militares deram cobertura ao trabalho de combate ao abate clandestino de animais, que eram destinados para consumo humano. Um veterinário escalado pela Vigilância também acompanhou a operação.
Dr. Samuel Bezerra informou que o cenário encontrado era típico de ‘filme medieval’. Os fiscais flagraram inclusive alguns homens que estavam limpando animais da raça suína que haviam sido abatidos há pouco tempo. Vários animais abatidos e amontoados no chão, deixando a carne em condições totalmente impróprias para consumo. Além desses agravantes, os acusados do abate clandestino não usavam sequer roupas apropriadas recomendadas pelos órgãos de inspeção sanitária, para o manuseio de animais abatidos para consumo.
A Vigilância e os policiais constataram que o local não oferece as mínimas condições sanitárias de higiene. Os animais abatidos eram colocados no chão, não havia local para drenar a água usada para limpar as carcaças, ficando água a céu aberto, exalando mau cheiro e atraindo urubus, as ferramentas utilizadas para abater e tratar os animais, totalmente inadequadas e com sinais de sujeira, o que faz aumentar os riscos de contaminação.
Os animais abatidos, ferramentas e outros objetos usados no abatedouro foram apreendidos e levados para a Delegacia Regional de Polícia Civil. Os acusados da prática serão responsabilizados e vão responder criminalmente. Agora a Polícia Civil, responsável pelas investigações e a Vigilância Sanitária, da fiscalização, vão tentar rastrear o caminho percorrido pela carne produzida, para saber o destino, se essa carne ficava na localidade, ou se estava sendo comercializada em outras regiões.
O homem responsável pelo abatedouro foi conduzido para a delegacia onde foi ouvido pela autoridade policial e foi autuado, conforme a legislação vigente com o pagamento de multa, podendo ainda recorrer da decisão. Após ser ouvido, o acusado foi liberado.
Samuel Bezerra informou que foi através de uma denúncia anônima que os fiscais chegaram até os abatedouros. Ele frisou que a participação da comunidade é fundamental para denunciar este tipo de crime contra a economia popular.
0 comentários