PARTE II
Na semana passada iniciamos a parte I desse assunto, que trata da possibilidade de instalação de um porto seco em nosso município, como consequência da passagem da ferrovia Transnordestina em nosso município. Embora tenham existido boatos que já haveria uma decisão formada sobre a cidade de Quixeramobim ser a beneficiada, essa informação já foi desmentida e podemos dizer que ainda existe a possibilidade de termos esse equipamento em nosso município, o que traria sem dúvida alguma grandes benefícios para o nosso povo.
Embora tenhamos a geração de emprego, renda, desenvolvimento social e urbano, dentre outros como uma realidade com esse empreendimento, é necessário que para sermos um bom e forte concorrente no pleito, tenhamos forças políticas atuantes no cenário municipal, estadual e nacional, o que infelizmente não vislumbramos no cenário atual, onde brigas internas e medição de forças nunca trouxe e jamais trará algum benefício para o município.
O trabalho desenvolvido pela Universidade Regional do Cariri (URCA) coordenado pela professora Jaquelini Souza e professores Anderson e Evandro do curso de Economia, do Núcleo de Empreendedorismo e da Empresa Júnior daquela instituição, com a participação dos estudantes do mesmo curso, e ainda a colaboração técnica do engenheiro civil Marcos Ageu, resultou na construção do projeto para a implantação de um terminal intermodal de cargas da Transnordestina SA em Iguatu, devidamente enviado para apreciação e quem sabe a aprovação do nosso município como sede desse porto.
Dentre as expectativas de desenvolvimento com a chegada do porto seco, destacamos a instalação de empresas com a criação de empregos em um município com alto índice de desemprego, desenvolvimento do comércio pela possibilidade de diminuição de fretes, aumento do desenvolvimento urbano com a ampliação das vias e loteamento para atender a chegada de novos moradores, fortalecimento do comércio com instalação de empresas em atividades diversas e o ganho financeiro do município através da geração de tributos e aumento no fundo de participação do município (FPM).
Enquanto vivemos em um cenário político onde alguns dos nossos representantes na câmara, no senado federal e até na câmara de vereadores discutem pautas “próprias”, voltadas a atender aos grupos que o levaram ao poder, estamos sendo instigados a abandonar e ter descrença na ciência, na universidade e em projetos onde a academia encontra-se à frente desbravando o desconhecido e superando dificuldades, onde quem deveria nos defender constroem dia a dia inúmeras ofensas, querendo assim agradar os seus grupos que se agarram na falsa ideia do certo e do errado. Enquanto a cidade vive um momento delicado voltado para os anseios pessoais políticos de alguns dos nossos representantes, que a cada semana, a exemplo de alguns animais se camuflam para disfarçar a sua verdadeira identidade, precisamos nos socorrer de quem deveria estar recebendo frutos e apoio dos que hoje só tem olhos para os próprios pés. A academia não tem partido, ideologia religiosa, crença em dogmas, ou outro posicionamento que traga alienação, pois se pauta pelo que pode ser provado em estudos, exames e inteligência de poder discutir sem medo de agradar ou não quem se intitula poderoso.
Nenhuma política pública se instala sem a sabedoria da pesquisa, por consequente nenhuma pesquisa é capaz de avançar sem o apoio daqueles que de fato representam o povo e suas expectativas, através de incentivos com legislação aplicada às demandas e fomento financeiro. Assim, vivemos tempos nebulosos onde seja no legislativo ou no executivo, as pautas que deveriam atender as demandas sociais e econômicas, foram substituídas pelo egoísmo político próprio e desenfreado, trocando o compromisso firmado em contribuir com o desenvolvimento social e econômico, pela necessidade de barganha aos projetos pessoais e políticos seus e dos seus, abandonando o povo e deixando esquecido e jogado à própria sorte.
Boa semana a todos!
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