Até ontem, sexta-feira, 24, o preço médio da gasolina comum, a mais comercializada, estava sendo vendida na maioria dos postos desta cidade a R$ 4,28.
Consumidores comemoram a redução nos preços dos combustíveis, quando no início deste ano o litro da gasolina chegou a quase R$ 5,00. “É muito boa essa redução. Pagamos caro por esse combustível, mas sabemos que a redução está sendo provocada por causa da pandemia do novo coronavírus. Seria bom que não tivesse sido assim. Podemos até abastecer mais um pouco, mas o carro está praticamente parado. Estou de férias, estou obedecendo a recomendação de isolamento social, saio só o necessário. Seria bom que quando acabasse esse período de quarentena, os preços continuassem assim”, comentou o bancário Geraldo Uchôa.
Se por um lado os consumidores comemoram a redução no preço da gasolina, a ‘queda’ do combustível é sentida no consumo por donos de postos. Nas ruas, o fluxo de veículos está bem reduzido nesse período em que é recomendado isolamento social. “Passamos a funcionar há 4 meses. Estávamos com uma boa movimentação. Agora nesse último mês, veio essa pandemia. Caíram as vendas dos combustíveis em torno de 60% a 70%. Esperamos que a situação melhore nos próximos dias. A gente depende desse emprego. Aqui são nove funcionários, por enquanto, graças a Deus, ninguém foi demitido. Bem diferente do que estamos vendo em outros setores do comércio”, afirmou o frentista Leonardo Ferreira.
Tendência é baixar mais
Há cerca de 20 dias, o preço da gasolina comum chegou a ser vendido em média por R$ 4,75 nos postos da cidade. Nesse período sofreu uma redução de R$ 0,51. Já a aditivada varia entre R$ 4,30 e R$ 4,38. O litro do diesel entre R$ 3,54 e R$3,59. Apesar dos preços mais baixos nas bombas, a queda de movimento nos postos aqui de Iguatu chega até 70%, quando comparado antes do movimento provocado pelo novo coronavírus. “Realmente a queda foi bem acentuada. Apesar de ter acontecido essa queda tão boa para os consumidores, devido a essa quarentena, o pessoal está em casa, a movimentação nos postos caiu. O setor está prejudicado. O cenário ainda está muito incerto. A tendência é baixar ainda mais para o consumidor. Esperamos que esse período de isolamento passe, que a vida volte ao normal e que a gente volte a ter movimentação que tínhamos anteriormente”, ponderou Manoel Dias, gerente de uma rede de postos de combustíveis.
Manoel Dias explicou ainda que está sendo difícil também equilibrar as contas para manter os postos funcionando. “É uma dinâmica muito complexa. Infelizmente na nossa rede de posto tivemos que fazer algumas reduções, não demitimos nenhum colaborador, tivemos que afastar. Até porque são famílias que estão dependendo desse trabalho”.
A maioria dos consumidores torce para que o preço continue em queda. O preço da gasolina na refinaria caiu de R$ 1,80 para R$ 0,94 centavos nos últimos 10 dias, para os distribuidores. Para o varejo, as redes distribuidoras estão vendendo no Ceará o litro da gasolina por R$ 3,30, em média. Antes, o litro do combustível era repassado por R$ 3,90 para os postos. A tendência que segue é de possibilidade de novas reduções. A baixa nos preços é justificada também por outros fatores: o impacto da queda em função do mercado internacional, a partir da disputa entre Rússia e Iraque no preço do barril. “A Petrobras está adquirindo o petróleo com o preço mais em conta, com isso é repassado pra gente e consequentemente para o consumidor”, finalizou Dias.
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