Prefeitura proíbe banho em áreas do açude Orós

O acesso é permitido às pessoas que necessitam trabalhar: barqueiros e pescadores.

30/01/2021

O açude Orós tem capacidade para armazenar 1,9 bilhão de metros cúbicos e está hoje com 20,2% de água

Com o aumento dos casos de casos confirmados de pessoas infectadas com o novo coronavírus, gestores estão ampliando as medidas restritivas e fiscalizações para evitar aglomerações.

Em Orós, a prefeitura proibiu desde o início desta semana o banho em espaços públicos no açude. A ação pegou muitos visitantes de surpresa. “Eu acho uma medida desnecessária principalmente na semana. Isso porque estamos ao ar livre, ninguém toma banho em grupo, um no outro. Agora, sim, cobrar o uso de máscara, álcool e distanciamento, sim, acho necessário, mas tomar banho eu não apoio. Quer dizer que vírus escolhe lugar para ficar? Acho que aos finais de semana, sim, devia nem proibir, mas aumentar a fiscalização e orientação aos visitantes desses locais”, ponderou o empresário Antônio Alberto de Oliveira, morador de São Paulo, de passagem por Orós, aproveitou para conhecer a válvula dispersora de água, que atrai banhistas para o local.

O acesso ao locais de lazer está proibido por tempo indeterminado

De acordo com nova determinação da prefeitura, o banho não só na válvula dispersora, mas na correntezinha e no próprio açude entre outros espaços públicos no município está proibido. O acesso é permitido às pessoas que necessitam trabalhar: barqueiros e pescadores. “Banhista não. Infelizmente, a gente vinha notando grandes aglomerações nesses locais. Os restaurantes que ficam às margens do açude podem funcionar normalmente, mas respeitando todas medidas de segurança sanitária”, afirmou Aurília Aquino, coordenadora da Vigilância Sanitária de Orós.

Fiscalização

Agentes da guarda municipal e Demutran estão auxiliando na ação orientando os frequentadores e comerciantes. Mas segundo donos de restaurantes e balneários às margens do açude, o trabalho maior é com a conscientização da população. “Nós fazemos nossa parte. Estamos aqui desde quando reabrimos seguindo todas as medidas que são recomendadas. Agora proibir o banho das pessoas, a gente não pode fazer, o que vamos fazer é orientar. Isso porque as pessoas não entenderão nosso lado. Portanto é preciso realmente que essa fiscalização aconteça e com eficácia. Tem gente que vem mesmo só comer, aproveitar o espaço sem tomar banho. Mas a grande maioria vem é tomar banho”, ressaltou o comerciante Antônio Feitosa, dono de um restaurante às margens do açude.

Orós tem mais de 1.400 casos confirmados e 49 nove óbitos em decorrência da Covid-19. Somente neste mês foram cinco mortes.

 

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