Produção de doce caseiro se tornou principal fonte de renda da família

02/02/2024

Diariamente na Praça da Matriz, no Centro de Iguatu, Hoover Costa expõe dezenas de potes de doces dos mais variados sabores: de leite com suas variedades, de caju e também o de gergelim (espécie) como é chamado. Enquanto isso, a esposa dele, dona Fátima Oliveira, percorre lojas do Centro, fazendo a entrega dos pedidos ou conquistando novos consumidores.

“Hoover fica ali pela praça, tem o pessoal que procura por lá, e eu vou para o comércio. Eu vejo isso como uma terapia. É muito bom, a gente conversa com as pessoas, faz amizades. É um trabalho que dá prazer. Realmente eu me encontrei fazendo isso, porque faço com amor, porque gosto”, comentou Fátima, enquanto mexia duas panelas de doces de leite, um cremoso e outro caroçudo, do jeito que as pessoas.

“O doce de leite até que não precisa mexer muito igual outros tipos, a gente mexe mais quando vai ficando perto do ponto, para não queimar. Leva duas, três horas, depende da quantidade. Já o de goiaba não pode parar de mexer, senão ele queima com mais facilidade porque gruda na panela. Já fiz doce aqui que comecei às 4h da tarde e terminei de dar o ponto mais de 8h da noite. É puxado, mas eu gosto. Dá prazer fazer isso”, ressaltou.

Início

A história do casal com a produção de doces começou devido a frutas que têm na propriedade deles, no Tanque, no Sítio Paraíso. “São mais de 100 pés de cajueiro precoce, já tivemos safra deles. A produção é boa, eles são muito saborosos. Tenho dois freezers grandes que a gente usa para armazenar os produtos que saem da estação, por exemplo, o caju é um deles, mesmo depois da safra a gente continua produzindo o doce. Depois dos de leite, o de caju é um dos mais vendidos. A gente faz o pedúnculo com calda”, destacou Hoover.

A produção de doces começou há cerca de 15 anos. A aposta que começou como fonte de renda extra, atualmente é a principal fonte de renda da família. “Eu tenho outros ganhos, tenho criação de animais. Já Fátima não tinha nenhuma renda, não é aposentada e ela viu essa produção como um bom negócio e tem dado certo. Uma renda que a gente não tinha, que hoje ajuda a nos manter”, disse.

Produção

Os doces, os mais variados sabores, são produzidos somente por eles dois. O cuidado também está na higiene, desde o manuseio das frutas, lavagem, cortes, processamento até a embalagem. “Sou exigente mesmo, tem gente que me chama de chata. Mas, é necessário estamos lidando com alimentos. A preocupação é sempre manter a mesma qualidade que nossos clientes já conhecem”, disse Fátima.

Diariamente são produzidos em média entre 30 a 50 potes. Os produtos são embalados em potes de 750 gramas e comercializados a R$ 15, 00, menos o de gergelim. “Esse de gergelim a gente vende a R$ 20,00, porque não conseguimos o produto aqui. A gente compra do Cariri, tem um custo diferente dos outros doces que a gente faz com produtos daqui”, explicou Hoover.

Interessados em apreciar os doces caseiros de Hoover e Fátima podem encontrar na Praça da Matriz ou entrar em contato pelo telefone: (88). 9.88114777.

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