Fundado em novembro de 1992, o Projeto Arte Criança – PAC, como é conhecido, consolidou-se como uma das principais instituições culturais da Região Centro-Sul cearense. “Criado em meio às mudanças promovidas pela Constituição de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o PAC nasceu com o objetivo de fortalecer as políticas sociais e culturais, em especial, no apoio às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social”, relembra a presidente Lúcia Morais, destacando ainda antes era vinculado às iniciativas da FEBEM-CE.
Com o passar do tempo, o Projeto Arte Criança cresceu como um espaço de referência para artistas, grupos e coletivos culturais. “Seu papel como articulador cultural foi reconhecido em 2011, quando recebeu a designação de Ponto de Cultura. Oficialmente Ponto de Cultura do Ceará em 2018 pela Secretaria de Cultura do Estado e pela Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura”, ressalta Morais.
O PAC mostra a força da arte como transformação social, tendo como missão socializar e educar por meio da arte. São ofertadas oficinas gratuitas que abrangem áreas da música entre essas: percussão, flauta, teclado e violão. Além de danças: folclórica e regional, passando pela capoeira, e o incentivo à leitura e artes cênicas. Esses programas são ministrados tanto diretamente pela instituição quanto em parceria com outros grupos de artistas da região. “A abordagem inclusiva e colaborativa do PAC é um diferencial. A gente acredita que o fortalecimento cultural e o fazer artístico se tornam mais potentes quando construídos de forma coletiva, promovendo o compartilhamento de ideias e experiências”, afirma Chalena Pereira, tesoureira do PAC.
Transformação social
Ao longo de mais de três décadas, o Projeto Arte Criança transformou a realidade de centenas de crianças, adolescentes e famílias de Iguatu. Com uma atuação, baseada em valores de inclusão, criatividade e cidadania e continua a inspirar novas gerações, reafirmando o compromisso com a cultura e a educação como ferramentas de transformação social. “Hoje, o Projeto Arte Criança se consolida como um verdadeiro pilar cultural na Região Centro-Sul do nosso estado, atuando não apenas como espaço de formação artística, mas também como agente de transformação social e cidadania. A instituição integra importantes redes e fóruns, como a Rede Cearense Cultura Viva, a Comissão Cearense Cultura Viva e o Comitê Gestor do Pontão Cultura Viva Ceará. Além disso, conta com representação ativa no Conselho Municipal de Políticas Culturais e no Conselho Municipal de Assistência Social, espaços essenciais para a construção de políticas culturais e sociais mais inclusivas e efetivas”, ressalta Chalena.
Mesmo enfrentando dificuldades para manter as atividades de forma contínua devido à ausência de financiamentos regulares, o PAC não mede esforços para realizar projetos que impactem positivamente a comunidade. Uma de suas principais iniciativas é o incentivo à leitura por meio da contação de histórias, realizada em escolas de ensino fundamental. Essa atividade conta com a parceria do artista quixeloense Moisés Morais e da própria Lúcia Morais, que juntos levam histórias e aprendizados para crianças.
Outro destaque é a oficina de criação e confecção da boneca Abayomi, uma atividade vinculada à Rede Cearense Cultura Viva de Gênero e Sexualidades. Além de proporcionar um momento lúdico e educativo, a oficina abre espaço para conversas socioeducativas que abordam as estruturas de desigualdade e diferentes formas de violência. “A atividade não apenas incentiva o direito à infância segura, mas também promove a conscientização sobre justiça social, em um esforço voluntário nosso mesmo”, destaca Lúcia, que também é professora da rede estadual de ensino e articuladora do Pontão Cultura Viva Ceará do Instituto Acauã de Cultura.
Nova diretoria e trabalho
No dia 29 de outubro, o PAC realizou eleição e posse da nova diretoria para o período de 2024 a 2027. A composição ficou definida da seguinte forma: presidente: Lúcia Morais, vice-presidente: Lúcia Felipe, primeira secretária: Luizeth Oliveira, segundo secretário: Karisson Lima, primeira tesoureira: Chalena Pereira, segunda tesoureira: Elenilde Alves, e o conselho fiscal formado por: Hélio Gomes, Aldenir Martins e Sussu Mendonça.
“Reafirmamos o compromisso do PAC com a promoção da arte, cultura e cidadania na região. Mesmo diante dos desafios, a instituição segue como exemplo de resiliência e dedicação, fortalecendo sua atuação em rede e desenvolvendo ações que constroem um futuro mais justo e igualitário para crianças, adolescentes e toda a comunidade”, concluiu Lúcia Morais.
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