Projeto científico discute relação dos jovens com as redes sociais

05/10/2019

A relação dos jovens com as redes sociais virou tema de um projeto científico desenvolvido pelos estudantes da Escola de Ensino Médio Francisco Assis Vieira, do distrito de Umari, zona rural de Acopiara. O projeto ‘Juventude Hackeada’ está em fase de elaboração e será apresentado em feira científica no final deste mês, aqui em Iguatu. Até lá os estudantes, protagonistas da ação, farão todos os ajustes para apresentação final.

Na tarde da terça-feira, 01, aconteceu mais uma etapa do projeto, na própria escola, quando os estudantes debateram e esclareceram dúvidas com dois profissionais que lidam com mídia, imprensa e redes sociais, o influenciador digital Diêgo Nogueira, atualmente com 150 mil seguidores no Instagram, e o jornalista J. Guedes, repórter do A Praça.

O debate aconteceu no pátio da escola. Os estudantes elaboraram uma série de perguntas, que foram submetidas aos dois convidados, que responderam, cada um em sua respectiva área.

Estudantes da escola Francisco Assis Vieira, distrito de Umari (Acopiara), na fase de debate do projeto científico, ‘Juventude Hackeada’

Diêgo Nogueira, 29, um ex-executivo de escritório que se tornou digital influence por acaso, contou como se dá sua rotina, a convivência com celebridades do meio artístico, sua influência sobre tudo que é postado ou compartilhado na internet e o que é a vida de alguém que dorme e acorda lidando com o público usando a internet. Contudo, ele chamou a atenção para o fato de que nossos públicos não estão preparados para lidar com as mídias sociais e isso pode acarretar uma série de problemas, se alguns cuidados não forem tomados.

Debate contínuo

Gilliard Cândido de Jesus, coordenador pedagógico da escola, enfatizou que a ideia de elaboração do projeto surgiu a partir da necessidade de construir com os jovens um debate contínuo sobre a participação deles nas redes sociais. De acordo com o professor, “a maioria dos jovens não apresenta opinião própria sobre coisas e fatos e isso facilmente induz o jovem a não ter identidade, podendo ser facilmente manipulado”. Ainda de acordo com Gilliard, “o fato desse público estar desconectado, sentindo-se à margem do processo de globalização, também diminui seu poder de construir opinião própria sobre o que acontece à sua volta”, finalizou.

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