Projeto desenvolve Ciranda das Artes para crianças e adolescentes

05/03/2022

O Projeto Arte Criança – PAC é uma instituição sem fins lucrativos fundada há 30 anos em Iguatu. A Organização Não Governamental surgiu com o propósito de fortalecer as políticas sociais e culturais em parceria com as ações na época da Febemce, em Iguatu. Desde então, a ONG vem se fortalecendo com trabalhos contínuos e sempre firmando parcerias com foco na valorização cultural, passando também a ser considerada um Ponto de Cultura, através do Governo do Ceará.

“A gente vê o Projeto Arte Criança chegando a sua maturação fundamenta seu currículo de vida na articulação e integração com as outras instituições, coletivos, artistas, pois uma das missões é acreditar no compartilhamento de ideias, no fortalecimento das culturas e no fazer cultural quando somamos forças”, ressalta a presidente da ONG, Lúcia Morais, afirmando ainda a missão de socializar e educar, através da arte, promove o acesso da população à arte e à cultura, ministrando atividade, oficinas de cunho sociocultural e educativa nas áreas de música com aulas de percussão, flauta, teclado, violão, danças folclóricas e regionais, capoeira, incentivo à leitura, artes cênicas: teatro de ator e boneco, além de formações ofertadas ou em parceria com os demais grupos de artistas do município.

“Essas ações beneficiam assim a população iguatuense e região. As oficinas/cursos/formações e apresentações culturais são gratuitas e geralmente são desenvolvidas em parcerias com as associações de bairros, escolas, instituições e demais parceiros”, pondera.

De acordo com Valder César, vice-presidente do PAC, as oficinas potencializam esse debate pelas respectivas histórias de luta e resistência e nelas agregam meninos e meninas em potencial igualdade e equidade, sem distinção. “Por meio das oficinas analisamos a interseccionalidade existente, e, mais ainda, as influências dos sistemas estruturado na sociedade. O Projeto Arte Criança está em constante conversações com as Rede Cearense Cultura Viva de Cultura e Infância, Rede Cearense Cultura Viva de Educação Cultura e Arte e Rede Cearense Cultura Viva Gênero e Sexualidades que inclusive no dia 15 de fevereiro, tivemos o lançamento do catálogo/cartilha no qual tem a contribuição da instituição na cartilha, por termos ano passado desenvolvido e replicado o projeto de Criação e confecção da boneca Abayomi, na Escola Maria Pacífico Guedes”, ressalta.

Recentemente também aconteceram a culminância das oficinas, de dança, música, teatro e artes, quando foram contemplados dezenas de estudantes e moradores de comunidades periféricas da cidade. “A oficina de dança desenvolvida na Vila Moura com alunos da rede pública de ensino teve as atividades de dança iniciada no mês de outubro do ano passado, em parceria com a Escola Alba Araújo. 22 alunos receberam conhecimentos teóricos, práticos, montagem e apresentação do resultado obtidos da oficina”, disse.

Direito à arte e à cultura

Mesmo diante das restrições da pandemia da Covid 19, o projeto proporcionou para as crianças e adolescentes a vivência com a arte e a cultura. “Foi extremamente importante, pois o direito de acesso à arte e à cultura prevaleceu mesmo com as intempéries e circunstâncias, e mais ainda, o desenvolvimento do projeto pode proporcionar renda aos artistas e movimentar a economia local. A arte é inerente ao desenvolvimento humano, a vivência com a arte e a cultura integra a capacidade do ser de se relacionar e desperta nas crianças e adolescentes a valorização e respeito as diferenças, constrói e potencializa capacidades múltiplas, além de interagir junto a família e a comunidade de modo geral, desperta o senso crítico, mesmo ainda criança, fase fundamental para o processo educacional, estabelecendo uma relação indivíduo e coletividade, tornando basilar para uma vida plena e com capacidades de perceber as desigualdades e lutar para um mundo melhor e justo socialmente.”, destaca a secretária da ONG, Aldenir Martins.

 

Música

Dentro das ações, 45 alunos da Escola Elze Lima Verde Montenegro, participaram da oficina de música, quando receberam conhecimentos teóricos, práticos, montagem de repertório de três músicas regionais e apresentação do resultado obtidos da oficina. Foi repassado ainda ritmo de músicas nordestinas como o xote e o baião. “Durante a oficina de percussão, o foco foi nos instrumentos com que os alunos mais se identificam e, se tivessem desenvoltura para tocar, diante do curto tempo de desenvolvimento com foco no aprendizado, partindo da técnica de cada instrumento, das leituras rítmicas, da percepção e linguagem musical. Foi uma experiência sensacional”, disse Sussu Mendonça, professor de música.

Teatro

Já a oficina de teatro desenvolvida com alunos da rede pública de ensino teve as atividades de teatro iniciada no mês de outubro, com os alunos que receberam conhecimentos sobre a história do teatro, exercícios de corpo e voz, montagem e apresentação do resultado obtidos da oficina com um esquete teatral “Era uma vez”. 20 alunos participantes entre crianças e adolescentes da comunidade de Fomento.

Dança

A oficina de maculelê foi desenvolvida com 37 alunos da Elze Lima Verde Montenegro. Os alunos receberam conhecimentos teóricos, práticos, montagem da dança e apresentação do resultado obtidos da oficina, criança e adolescentes no bairro Santo Antônio. “A dança do maculelê tem na sua raiz as culturas afro-brasileira e indígena, desenvolvida no Recôncavo baiano ligada à história da produção da cana de açúcar que simula uma luta com bastões de madeira, a história do maculelê remete as lutas de defesa a violência do homem colonizador e também a invasão de povo sobre outros povos nativos, ação comum sobre o domínio de territórios. No desenvolvimento da oficina orientamos os alunos sobre a história do maculelê e a mesclagem com a capoeira, a mestiçagem dos povos nativos e os povos africanos que vieram em condição de escravos para o Brasil, as lutas e resistências travada ao longo da história, bem como a superar pela igualdade e justiça social em pleno século 21”, destaca o professor contramestre Mororó.

Dentro das ações o PAC realizou o Primeiro Fórum Cultural – Ciranda da Resistência em Conexão com a Semana da Consciência Negra, que aconteceu de maneira virtual no canal do PAC, e presencial em parceria com o grupo Novo Geração Ginga de Capoeira – NGGC. “A gente agradece a parceria de sempre com o Jornal A Praça, que sempre teve ao nosso lado, da divulgação das ações. A gente recorre a esse importante veículo de comunicação com o sentido da obrigação de prestar contas, apresentar nossas ações para nossa comunidade”, destaca Lúcia Morais.

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