Protetores cobram castração de cadelas em situação de rua

18/09/2021

O aumento de animais soltos nas ruas, tem preocupado voluntários de Organizações Não Governamentais ligadas a causa animal e protetores em Iguatu. Eles cobram da prefeitura a execução do programa de castração para cadelas. A ação já vem contemplando felinas, mais de 800 animais já foram castradas. “Não é de hoje, mas vem se agravando. A gente tá com muitas cadelas no cio na rua, isso causa transtornos e até acidentes. A gente não pode retirar todos esses animais das ruas. Mas as pessoas estão nos cobrando. A gente foi para redes sociais pedir o apoio da prefeitura para que haja também a castração para as cadelas, porque já vem sendo feito com as felinas. A gente pede com urgência que inicie com as cadelas de rua.” cobra Valéria Rodrigues, presidente da ONG Vira-lata de Raça, apontando ainda que a intenção é amenizar o sofrimento que esses animais estão passando. “Olhem para esses animais que estão na rua sofrendo, nós fomos para a rua fazer o resgate de uma cadela que chorava. Já não aguentava mais tanto cachorro atrás dela. Ela estava toda ardida. Sendo perseguida pelos cachorros. É muito sofrimento. Nós sabemos que nesse momento não dar pra fazer a castração em todas as cadelas, mas a prefeitura poderia fazer pelo menos o resgate dessas cadelas que estão sofrendo nas ruas no cio. Nos estamos a disposição para ajudar. Nossa ideia é que ficassem em um local durante o cio, logo em seguida fizessem a castração, a gente se dispõe até colocar esses animais para adoção”.

Lucileide Bezerra, que mora no Bairro Areias, cuida mais de 60 animais, a maioria são felinos, entre gatos e gatas. As gatas ela conseguiu castrar quase todas, além de manter os animais na casa dela, ainda alimenta outros que aparecem na rua. “Meus animais não são animais bonitinhos, que achei bonito e peguei na rua pra criar em casa. São animais sofridos. Gatas que chegam prenhas, doentes e minha preocupação é justamente por não ter pra onde eles irem eu passei a colocar pra dentro de casa. Em relação as cadelas na minha rua tem muitas soltas, só dando cria. As autoridades precisam ver esse problema das cadelas. Eu cuido desses animais por conta própria. Precisamos de ajudar desesperadamente, nós precisamos de ajuda do poder público. Eu falo isso em nome de todas as protetoras. Peço até pelo amor de Deus que nos ajudem. São muitos animais sofrendo em nossa cidade. Além de passar por tudo isso, tem as pessoas que não fazem nada e ainda criticam nossas ações. É difícil, é muito difícil manter esses animais em melhores condições de vida”, clama Lucileide, protetora voluntária.

No bairro Fomento encontramos a recicladora Marli Melo, cria na casa dela alguns gatos e três cachorros, e o xodó da casa há três anos passou a ser a cadelinha Xuxa. O animal que agora está bem cuidado, limpo e medicado foi encontrado abandonado vitima de maus tratos. “Minha irmã sabe que sempre gostei de cuidar e proteger os animais de rua. Ela avistou uma sacola se mexendo e dentro tinha essa cachora, já grande. Mas estava doente, cheia de carrapatos. Eu resolvi trazer ela pra casa cuidei dela com medicação e banho e está ai linda e bem sadia. Não sei o que leva uma pessoa a fazer uma maldade dessas. Se não quer criar, não pega. Só para os bichos sofrerem, depois que abusam jogam fora. É vida. Não é gente, mas é ser vivo”, pondera a recicladora que afirma que da venda do material reciclável que vende parte vai para compra de medicação e alimentação para os animais. As vezes eu peço nos frigoríficos restante do carne de frango alguma outra carne para eles outros que aparecem aqui por casa”.

De acordo ainda com as protetoras é importante a orientação a população para evitar a soltura de animais nas ruas. Além disso, o programa de castração já deveria ter contemplado as cadelas que vivem em situação de rua. De acordo com o Secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal de Iguatu, Mário Rodrigues, explicou que através do programa para castração que já foi iniciado com as gatas. As cadelas inicialmente em situação de rua também castradas. As cirurgias ainda não começaram por questão burocráticas que dependem da Secretaria da Saúde, que é responsável pelo Centro de Zoonoses, local onde são realizadas a castração das felinas. É necessário ainda um local para abrigar os animais pós-cirurgia. As ações estão sendo tomadas para iniciar logo a castração também desses animais.

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