A quadra chuvosa chegou ao fim, oficialmente, na última terça-feira, 31, com acúmulos de bons números e recordes conquistados. Entre fevereiro e maio, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME contabilizou o acumulado de 1.300 milímetros de chuva na cidade de Iguatu.
Para o estado do Ceará, essa é a terceira melhor quadra chuvosa dos últimos dez anos, atrás apenas de 2020 e 2019, com 727 mm e 671 milímetros, respectivamente. O volume pluviométrico registrado neste ano é superior ao acumulado na quadra de 2021, cujo índice foi de 531,9 mm.
Dos quatro meses que compõem o período, apenas fevereiro ficou abaixo da média histórica, com 130 milímetros, quase 19.5% inferior à normal climatológica. Já março foi o que obteve o maior índice. Foram 667 milímetros acumulados ao longo do mês, um desvio positivo de 201,3%. O mês foi o mais chuvoso dos últimos 49 anos.
Já abril fechou bem próximo da média, quando foram 335 mm registrados diferença de 77,1%. Maio, último mês da quadra chuvosa, chegou ao fim com 168 milímetros acumulados, o que representa quase 71,4% acima da normal climatológica.
Essa quadra chuvosa também apresentou uma boa distribuição espacial das chuvas, o que é importante para uma recarga homogênea dos açudes e garantia de boa colheita nas mais diferentes regiões do Estado. Das oito macrorregiões cearenses, somente duas ficaram com chuvas abaixo da média: Sertão Central e Ibiapaba.
Reservatórios
As chuvas geraram um aporte hídrico significativo aos açudes cearenses. O número de reservatórios sangrando, em 31 de maio, é o maior dos últimos dez anos para igual intervalo.
São 39 vertendo e outros 12 estão bem próximo de também atingir a capacidade máxima. Neste período, quem mais se aproximou deste índice foi o ano de 2020, que tinha 30 reservatórios sangrando em 31 de maio daquele ano. Com 42,98% da capacidade total, o açude Carlos Roberto Costa “Trussu” atingiu o maior nível em 7 anos.
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